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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Maha Devi



KaliMa Cintapurnidevi


Querida devi
Hoje te escrevo para pedir misericórdia
Mas na verdade nem sei se posso pedir qualquer coisa,
Se mesmo eu ficasse calado já teria tido a Tua benção
Da concórdia.

Bem sabes que por muito tempo
Venho vagueando no mundo
Mas nem mesmo as mais tenebrosas lembranças dos meus nascimentos e mortes
Aniquilam este moribundo.

Neste samsara em que me enredo
Não faz deixar de querer desfrutar,
Mas eu já percebi que sou bem teimoso,
E como um tonto fico,
Tentando passar pelo mesmo lugar.

Hoje então eu humildemente Te peço,
Que não mais permitas minhas loucuras continuar
Porque sou néscio, sim confesso;
Me esqueço de Te amar.

Os outros já me condenaram à liberdade deles,
Hoje estou condenado à minha,
Sim, esta alma pensa que é livre,
Mas anda acorrentada e sozinha.

Ilusões e crenças,
São doces venenos,
Dos quais não adianta lastimar,
São as algemas do mundo,
Que ao bebê-los morremos,
no sonho de querer retornar.

Deste Teu humilde pretendente a servo
Krsnapriyananda Swami

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