KaliMa Cintapurnidevi |
Querida devi
Hoje te escrevo para pedir misericórdia
Mas na verdade nem sei se posso pedir qualquer coisa,
Se mesmo eu ficasse calado já teria tido a Tua benção
Da concórdia.
Bem sabes que por muito tempo
Venho vagueando no mundo
Mas nem mesmo as mais tenebrosas lembranças dos meus nascimentos e mortes
Aniquilam este moribundo.
Neste samsara em que me enredo
Não faz deixar de querer desfrutar,
Mas eu já percebi que sou bem teimoso,
E como um tonto fico,
Tentando passar pelo mesmo lugar.
Hoje então eu humildemente Te peço,
Que não mais permitas minhas loucuras continuar
Porque sou néscio, sim confesso;
Me esqueço de Te amar.
Os outros já me condenaram à liberdade deles,
Hoje estou condenado à minha,
Sim, esta alma pensa que é livre,
Mas anda acorrentada e sozinha.
Ilusões e crenças,
São doces venenos,
Dos quais não adianta lastimar,
São as algemas do mundo,
Que ao bebê-los morremos,
no sonho de querer retornar.
Deste Teu humilde pretendente a servo
Krsnapriyananda Swami
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