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domingo, 17 de junho de 2012

Pega-ladrão Real


Pega-ladrão Real

Krishnapriyananda Swami
prof. Olavo DeSimon

SOCIEDADE INTERNACIONAL GITA DO BRASIL
SANATANA DHARMA BRASIL
GITA ASHRAMA
Porto Alegre, RS - Brasil
1997-2006




Conta a lenda, que numa pequena antiga cidade da Índia, chamada Saraswati, as pessoas se reuniram, num dia muito quente, para falar sobre um estranho, que havia chegado à cidade. Ele caminhava com muitas dificuldades, devido aos pés feridos devido a caminhada longa que fizera. Ele era um Brahmana, ou seja, um homem que devota a sua vida para pregar, e que tinha prometido dar tudo para agradar a Deus, no qual ele acreditava, e não possuía nenhum conforto, tampouco riqueza e boa alimentação.

O Brahmana não carregava nada com ele, a não ser um pedaço de pau para apoio, e uma tigela, na qual ele recebia doações, daqueles que acreditavam assim ajudá-lo, e tinham a esperança de receber uma graça de Deus. Ele andava nu, exceto por uma peça de roupa sobre os quadris. Tinha um longo cabelo entrelaçado. Ele fazia a sua caminhada muito lentamente, e dolorosamente em meio a multidão; alcançou um canto escuro, e ali ele sentou-se exaurido, segurando a sua tigela para receber a ajuda das pessoas. Em breve, a sua tigela encher-se-ia de doações das pessoas, com todos os tipos de coisas, mas ele deixou bem claro que não aceitaria nada para comer a não ser arroz descascado, e nada para beber além de água pura. No entanto, ele estava querendo dinheiro, então as pessoas trouxeram para ele uma boa quantidade de peças de preta e ouro. Quem não possuía dinheiro para dar de esmolas para ele, doaram jóias e outras coisas que poderiam ser vendidas por dinheiro.

Chegou o tempo em que o Brahmana ficou muito conhecido em Saraswati. Sua fama, sem dúvida, se espalhou para além da cidade, e as pessoas vinham até a ele para consultar todos os tipos de coisas, e receber conselhos de um bom homem sábio. Todos desejavam pagar de alguma forma pelos conselhos do sábio, e muitos o ajudam de forma abundante, de tal modo que ele ficou muito rico. Ele poderia fazer muitas boas coisas com todo o dinheiro para ajudar as pessoas pobres e sofredoras, mas infelizmente ele jamais pensou em fazer isso. Em vez disso, ele pegava o dinheiro para seu desfrute. Na noite, depois que todos que tinham vindo vê-lo e tinham ido dormir, e vendo que não havia ninguém, ele costumava entrar na floresta, onde havia uma árvore com um profundo buraco próximo à raiz, que ele costumava cobrir com lama, e onde ele punha todo o seu dinheiro e jóias.

Na Índia, todos costumam ir à sesta, num sono do meio dia, devido ao grande calor, e por isso é difícil manter-se bem nas tarefas nesta hora. Então, apesar de ser plena luz do dia, as ruas ficam desertas, exceto para os cães que ficam rondando, procurando alguma coisa para comer. Então agora o Brahmana adorava seu dinheiro e suas coisas muito, e frequentemente costumava não fazer a sesta, indo para a floresta desfrutar de olhar para suas coisas. Ele costumava ir até o buraco na árvore, se curvava, pegava as moedas e deixava escorrer entre os dedos; olhava o brilho das jóias, contemplando a refulgência. Ele ficava muito feliz quando estava sozinho admirando a sua riqueza, de tal modo que costumava chorar quando tinha que voltar para seu canto escuro. De fato, ele era um egoísta miserável, em vez de um homem santo, que as pessoas de Saraswati pensavam que era. Na hora da sesta, ele sempre voltava ao local debaixo da árvore, segurando sua tigela e bengala, numa aparência de pobre, e ninguém tinha a mínima idéia da verdade.

Por muitos meses o Brahmana levou esta vida dupla; até que um dia, quando ia para o seu local secreto, ele viu que alguém esteve lá antes dele. Ansiosamente ele se curvou, temendo que acontecesse o que aconteceu. Todo o seu cuidado de esconder o buraco tinha se ido; estava completamente vazio. Ele não pode acreditar no que seus olhos viam. Ele os esfregava, pensando que alguma coisa tinha acontecido com eles. Então ele apalpou aqui e ali o buraco, tendo a esperança de que havia um engano. Quando por fim se viu obrigado em aceitar a terrível verdade, uma vez que não havia nenhum sinal de dinheiro ou jóias, ele ficou muito mal com a sua miséria. Ele começou a correr de árvore em árvore, olhando por entre suas raízes, e quando viu que não havia nada, ele retornou para o buraco que guardava as coisas, olhando mais uma vez. Então ele verteu lágrimas arrancando seus cabelos, sapateando; implorou ruidosamente para todos os deuses que acreditava, fazendo todos os tipos de promessa, as quais cumpriria apenas se eles trouxessem de volta o seu tesouro. Não obteve nenhuma resposta, então teve a curiosidade de saber quem havia feito tal coisa terrível. Deveria ser alguém de Saraswati; ele lembrou-se que que muitos haviam olhado sua tigela cobiçando-a, ao verem o dinheiro e as pedras preciosas. “Que terrível; como as pessoas são malvadas”, ele disse para si mesmo. “Eu os odeio. Deveria bater neles pelo que me fizeram”. E enquanto pensava, ficava cada vez mais irado, até se cansar, rendendo-se para sua fúria.

Depois de ter perambulado na floresta por um longo tempo, o Brahmana retornou para a sua casa em Saraswati, onde as pessoas lhe tinham concedido, estando contentes e orgulhosos por terem tal homem sagrado, como eles pensavam que era, vivendo sob o seus tetos. Ele tinha certeza que eles não tinham nada a ver com a perda do seu tesouro, porque tinham dado a ele muits provas das suas bondades e honestidade. Então ele derramou suas mágoas para eles, e fizeram tudo o que puderam para confortá-lo, e que em breve teria muitas jóias e dinheiro. Todavia, eles mostraram para ele o que pensavam sobre o fato, e que aquilo fora um meio de mostrar que a riqueza não deveria ser escondida, mas usada para ajudar os pobres e sofredores. Isso aumentou a sua ira. Por fim, ele perdeu o autocontrole, e gritou: “Não há mais nenhum valor para eu viver nem mais um minuto. Eu irei para a margem de um rio sagrado, em peregrinação, e ali jejuarei até a morte”.

As notícias das perdas do Brahmana se espalharam por toda a Saraswati rapidamente; e assim como ocorre frequentemente, cada um contava a história de um modo ligeiramente diferente, de modo que ficou muito difícil saber o que realmente havia acontecido. Houve uma grande aflição na cidade, porque as pessoas pensaram que o Brahmana queria ir embora, mas eles não queriam que isso ocorre. Eles tinham o orgulho de ter um homem santo, como pensavam, e que estava vivendo entre eles, e ficaram envergonhados em ver que havia sido roubado quando estava entre eles. Quando ouviram de que o Brahmana planejava jejuar até a morte, ficaram terrivelmente chocados, e se determinaram a fazer tudo o que pudessem para evitar isso. Um após outro, os pais de família de Saraswati vieram para vê-lo, implorando para não se apressar, garantindo que o seu tesouro seria reencontrado. Também disseram que fariam de tudo para trazê-lo de volta para ele. Alguns entre eles pensaram que tinha sido muito errado fazer tal confusão sobre isso, e assim o culparam pela sua miséria. Disseram que seria uma tolice muito grande, e que não deveria pensar em morrer, e um velho sábio, especialmente; então deram longos discursos para ele sobre o mal de retirar a vida, a qual tinha sido dada a ele por Deus, tendo em vista prepará-lo para um outro mundo. “Ponha esta idéia de jejuar até morte de lado em sua cabeça”, eles diziam, “... enquanto iremos procurar o seu tesouro que perdeu. Da próxima vez que tiver dinheiro e jóias, tenha num lugar bem seguro, em vez de ficar acumulando”.

Apesar de tudo que disseram para ele, o Brahmana estava determinado a morrer. Ele foi ao local de peregrinação que havia escolhido, não dizendo para ninguém aonde iria, seguindo firmemente. Num primeiro momento, alguns o seguiram, mas aos poucos foram deixando e ele ficou sozinho. Mas não pode deixar de ver um homem se aproximando dele, na direção em que estava indo. Era muito alto, elegante, aparência digna, uma pessoa que ninguém deixaria de admirar, ainda que fosse uma pessoa comum. Mas ele era o rei de toda aquela região, e cujo nome era Prasnajit; e a uma pequena distância atrás dele havia certo número de atendentes, esperando para obedecer as suas ordens. Todos, inclusive os Brahmanas, gostavam do rei, porque ele sempre tentava ajudar a todos. ele tinha ouvido sobre a perda do dinheiro daquele Brahmana, e tinha ficado abalado com o fato de ter ocorrido nas suas terras. Ele também escutara que o Brahmana pretendia matar-se, e isso o tinha tocado mais do que tudo, porque isso seria uma coisa muito ruim.

O rei colocou-se exatamente no caminho do Brahmana, de tal modo que não seria possível passar sem falar e vê-lo. O infeliz homem ficou parado, olhando para baixo, e com um olhar muito miserável. Sem esperar um momento, o rei Prashnaji disse para o Brahmana, “não se aborreça mais. Eu irei encontrar o tesouro para o senhor, e o trarei de volta; ou se eu falar nisso então pagarei o valor que quiser do meu próprio bolso; não posso pensar matando-se. Agora me diga, cuidadosamente, aonde escondeu o ouro e as jóias, e o local exato, para ter certeza dele?”

O Brahmana ficou alegre em escutar isso do rei, uma vez que todos conheciam que o rei cumpria a sua palavra, e que, mesmo no caso do tesouro não ser encontrado, ele teria todo o dinheiro de volta dado pelo rei. Então ele disse exatamente onde ele havia depositado, oferecendo-se de ir até lá. O rei concordou com ele; o Brahmana foi imediatamente até o grande buraco na árvore da floresta, e os seus servos o seguiram um pouco mais atrás.

Após o rei ter visto o buraco totalmente vazio, e saber exatamente o local, e ver a estrada próxima para a cidade, ele retornou para seu palácio. Antes, ele dissera para o Brahmana retornar para a sua casa onde vivia, e esperar lá até que recebesse uma mensagem dele. Então o rei pediu para um dos seus servos para que fosse até um rico mercante em Saraswati, para que fizesse uma boa comida para o Brahmana, tendo em vista suprir o homem santo com tudo o que ele necessitasse. Muito satisfeito, que apesar de tudo não precisaria morrer, o Brahmana seguiu de bom grado, e nos próximos dias ele foi cuidado pelo mercante, que o supriu com alimentos em abundância.

Tão logo Prasnajit retornou ao seu palácio, ele fingiu que havia adoecido repentinamente. Simulou que a sua cabeça estava doendo muito, e que não sabia qual o problema que tinha. Ele enviou uma ordem para toda a região e arredores da cidade, dizendo que todos os médicos de cidade viessem ao palácio para vê-lo. Então todos os médicos se apressaram em obedecer, cada um deles tendo a esperança de que se curassem o rei seriam grandemente recompensados. Havia tantos que a sala de recepção estava cheia, e se olhavam furiosamente uns para os outros, de modo que os servos mantinham o cuidado para que não brigassem. Cada um a seu tempo foi a sala privativa do rei, mas se desapontava em saber que não poderia ajudar o rei, porque não sabia o que precisava. O rei, em vez de perguntar sobre a sua própria doença, perguntava a cada um dos médicos quem dos seus pacientes na cidade estava doente, e que remédio havia dado para eles? Sem dúvida, a pergunta do rei era cuidadosamente respondida; mas o rei não dizia nada mais, apenas acenando a sua mão, dando sinal de que a entrevista havia terminado. Então os servos levavam o médico visitante fora. Por fim, se aproximou o último dos médicos, que disse algo o qual fez o rei mantê-lo mais longe do que os outros. Este médico era muito famoso por um remédio que havia salvado a vida do rei muitas vezes. Ele disse ao rei que um mercante chamado Matri-Datta estava muito doente, sofrendo muito, mas que tinha a esperança de curá-lo dando a ele um suco de uma determinada planta chama Nagaballa.

Assim que o rei escutou o médico terminar de falar, que havia ordenado Matri-Dattha tomar o suco da planta, ele gritou: “Não precisa mais nenhum médico vir me ver!” E após ter se despedido do último médico, deu ordem que queria que Matri-Datta viesse até o palácio. Doente e sofrendo como estava, Mattri-Dattha não teve coragem de desobedecer as ordens do rei. Tão logo ele apareceu, Prasnajit perguntou como estava, dizendo sentir muito o fato de ter que deixar a sua casa, estando doente, ma so motivo pelo qual desejava vê-lo era de grande importância. Então, ele acrescentou: “Quando seu médico lhe ordenou para tomar o suco da planta Nagaballa, quem foi procurar isso para você?” Mattri respondeu imediatamente, “Foi meu servo, ó rei; procurou na floresta, e assim que a encontrou entregou-a a mim”.

“Então volte e envie seu servo para mim imediatamente”, ele pediu; e assim o mercante saiu apressado, aflito pelo fato de o rei querer ver seu servo, e que não caísse uma desgraça sobre ele. Assim que Mattri-Datta disse para o seu servo de que deveria ir ao palácio do rei, ele ficou tremendo muito, e implorando ao seu mestre para não ir. Isso fez com que Mattri-Datta ficar certo de que ele havia feito alguma coisa errada, e que estava com medo de ser descoberto. “Vá imediatamente”, ele disse, “... e qualquer coisa que você fizer fale a verdade para o rei. O que será de você de ofender o rei”. E de novo o servo implorou para Mattri não insistir, mas quando viu que não seria bom, então pediu para que fosse junto com ele ao palácio, então defendê-lo diante de Prasnajit. Então o mercante pensou que alguma coisa séria e errada havia acontecido, consentindo em ir com o seu servo ao palácio; tendo certa curiosidade e certo temor por si próprio. Quando os dois chegaram ao palácio, os atendentes do rei conduziram o servo do mercante na presença do rei, mas não levaram o mercante com eles.

Entraram nos aposentos do rei e o viram sentado em seu trono, então o servo do mercante curvou-se diante do rei chorando e implorando: “Misericórdia! Misericórdia!”. Ele tinha razão de estar temendo, e o rei disse em voz alta para ele: “onde está o outro e as jóias que você pegou no buraco nas raízes da árvore, quando você foi buscar a erva Nagaballa para seu mestre?” O servo, que na realidade tinha pegado o dinheiro e as jóias, ficou tão terrificado pelo fato de o rei ter descoberto a verdade, que não teve palavra para dizer, ficando apenas deitado no chão, tremendo todo. Prasnajit também ficou em silêncio, e os atendentes aguardavam as ordens detrás do trono, observando, fascinados com o que estava acontecendo.

Quando o silêncio tinha durado cerca de 10 minutos, o ladrão ergueu a sua cabeça do solo e olhou para o rei, que não disse uma palavra. Alguma coisa em sua face fez o maldoso servo ter a esperança de que não seria punido com a morte, apesar do grande erro que havia cometido. O rei olhou muito severo para aquele servo do mercante, mas não se enfureceu contra ele. Então o servo levantou-se, e ponto suas mãos juntas, dizendo, trêmulo, as seguintes palavras: “Eu devolverei o tesouro; eu devolverei o tesouro”. “Vá, então”, disse o rei, “... e traga-o até aqui”. Dizendo isso, havia uma expressão magnífica nos seus olhos, que fez o ladrão envergonhar-se do que havia feito mais do que se o rei mandasse puni-lo ou cortar a sua cabeça.

Tão logo o rei disse, “Vá imediatamente!”, o servo apressou a sua caminhada, ansioso para devolver o que havia roubado; então alcançou o local onde escondera. Ele colocara em outro buraco, dentro da densa floresta; levando um longo tempo para levar para o palácio, uma vez que era muito pesado. Ele tinha a esperança de que o rei iria enviar alguns guardas, para que não fugisse, e então pudessem ajudar a carregar o ouro e as jóias, mas ninguém o seguira. Foi um árduo trabalho ter que carregar tudo aquilo, muito pesado. Por fim, já perto do início da noite, ele alcançou os portões do palácio. Os soldados o deixaram passar sem uma palavra, e tão logo alcançou a sala do rei, este o recebeu. Prasnajit estava sentado no seu trono, e os atendentes estavam atrás dele, quando o ladrão cansado, com dificuldades em ficar de pe, mais uma vez prostrou-se diante do rei. Uma expectativa de uns três minutos fazia com que o coração do servo, que havia pego o tesouro do Brahmana, batesse apressado. Parecia uma eternidade o tempo que aguardava o rei falar. Então, finalmente, o rei disse: “Vá para casa agora, e não furte mais”.

Muito agradecido, o homem obedeceu; era difícil acreditar que estava livre, e que pudesse ir, e que não havia sido punido de uma forma terrível. Jamais, pelo resto de sua vida, ele pegou qualquer coisa que não lhe pertencia, e nunca se esquecera de dizer para crianças e amigos que o rei havia lhe perdoado.

O Brahmana, que havia passado o tempo, aguardando em orações, que o tesouro fosse devolvido para ele, e de tal forma estava determinado a jejuar até a morte caso não fosse encontrado, ficou alegre ao saber de que o tesouro havia sido encontrado. Ele se apressou até o palácio, e foi diante do rei, que disse para ele: “Aqui está o seu tesouro. Pegue-o e faça um uso melhor dele do que antes. Se você o perder de novo, não tentarei recuperá-lo”.

O Brahmana, satisfeito por ter conseguido seu dinheiro e jóias de volta, não gostou do fato de o rei ter dito para que fizesse um melhor uso do tesouro. Além do mais, ele gostaria que o ladrão fosse punido, e começou a falar sobre isso, em vez de prometer para o rei e seguir o conselho recebido. O rei olhou fixo para o Brahmana, do mesmo modo como havia olhado o ladrão, e disse: “O assunto está encerrado aqui, então nada mais tenho a fazer sobre isso; vá em paz”.

O Brahmana, que estava acostumado a ser honrado por todos, desde o rei em seu trono até o mendigo mais pobre na rua, ficou atônito com o modo pelo qual o rei fez um sinal para seus atendentes levarem o saco com as jóias, e o dinheiro, para a entrada do palácio, e o deixar ali; ninguém ficou para ajudar o Brahmana.

Todos gostariam se saber o que aconteceu com aquele Brahmana depois disso, mas ninguém sabe o porquê de não se ouvir nada mais sobre ele depois deste acontecimento.

Nota:
Locais de Peregrinação
Os locais de peregrinação na Índia estão geralmente conectados com algum grande evento religioso ou religião. Nestes locais vão aqueles que desejam ganhar algum favor especial de Deus, e fazem orações. A palavra “peregrinação” significa “perambular”, mas com o passar do tempo ela significa qualquer viagem de uma distância a outra. Na Índia, a cidade de Benares (Varanasi) é um local muito famoso de peregrinação, porque está nas margens do Rio Ganga (Ganges), rio que os Hindus amam e adoram como sagrado, crendo firmemente que as suas águas lavam seus pecados. Centenas de milhares de Hindus vao até Varanasi todos os anos para se banhar no Ganges, bem como se sabe que muitos vão para lá para morrer, sendo que seus corpos são queimados nas margens. Este é um costume dos Hindus, e as cinzas dos que são cremados são jogadas nas correntezas do rio.

Hari Om Tat Sat