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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tolices Ilógicas



Prezado Swami Krsnapriyananda
Eu encontrei determinadas citações num livro de Prabhupada (...) que diz o seguinte. O sr. pode ajudar a explicar isso para mim? Mariana

Abençoada Mariana,
Nós não temos nada a ver com isso, nem com esse movimento que citas, nem com a conturbado momento que eles vivem. Mas algo é bem notável: a verdade sempre irá prevalecer, ainda que demore a aparecer.

Tolices Ilógicas
Poderemos chamar isso de “pérolas” no Ciência de autorrealização!

Não, não somos Hindus!
“Algumas vezes, indianos tanto dentro como fora da Índia, pensam que nós estamos pregando a religião Hindu, mas de fato nós não estamos”

 “Nós não estamos pregando no presente dia, o sistema dos Hindus, especialmente aqueles que estão sob a influencia de Sankaracarya, por Sankaracarya ensinar a Verdade Absoltua é impessoal, e assim ele indiretamente nega a existência de Deus”.

R. Crer que há somente uma forma de ver o tal “deus” que Prabhupada diz defender é tolice. Basta uma leitura no canto 12 do Bhagavad-gita para perceber claramente o que é defendido por Sankara. Está ali! Por que não leem? Krishna diz, "há dois tipos de devotos", e com certeza não se trata de pertencentes a nenhuma seita em especial.  Sinceramente, aquele quem critica a filosofia de outro sem conhecê-la é mais que um tolo, é um néscio. O Sanatana Dharma não vê o Absoluto como um Muçulmano ou Cristão, ou ainda um Judeu. Sim, Deus tem muitos nomes e muitas formas, e com certeza Ele não é “Hare Krishna”, muito menos Islâmico, nem Judeu nem Cristão. Deus está totalmente livre de religiões. Como pode alguém supor que pode limitar o Absoluto? Ou considera-se o Absoluto como tal ou então Ele deixa de ser Absoluto. Uma “regrinha” lógica básica!

“O movimento da consciência de Krishna não tem nada com a religião Hindu, ou qualquer outro sistema de religião”.

R. Uma religião que não é religião!?  Puja, Arati, Bhajans, Kirtana, adoração à Deidade ou ídolo, todos os aspectos considerados divinos e recomendados pelas Escrituras do Sanatana Dharma, popularmente conhecido como Hinduísmo, não faz parte do movimento fundado por Prabhupada? Hmm, então desconfiamos de um neo-fundametalismo. Será muçulmano!?

“Alguém deverá entender claramente que o movimento da consciência de Krishna não está pregando a assim chamada religião Hindu. Nós estamos dando uma cultura espiritual, que pode solucionar todos os problemas da vida, e portanto, está sendo aceita ao redor do mundo”.

R. Estas colocações são nitidamente percebidas nos movimentos carismáticos, onde em princípio negam a origem e fundamentalismo “religioso”, e prometendo resolver “todos os problemas da vida”. Mas os métodos que empregam são de aniquilação da vontade, e todos os que se indispõe a ele são considerados “ofensores” e perigosos, não raras vezes, matando quem os critica (veja links sobre isso em Guru Business; e no Youtube (inglês) se alguém quiser, traduza-os, por favor; video  e outros videos
também aqui...
“Falando estritamente, os hindus modernos não estão seguindo de forma estrita as escrituras Hindus. Mas nosso ponto é não tentar trazer de volta o velho tipo da sociedade Hindu. Isso é impossível. Nossa ideia é pegar a melhor ideia da ideia original”

R. Se não somos Hindus? por que, então,  o fato de que “nossa ideia é pegar a melhor ideia da ideia original” dos Hindus? Ou se é ou não se é Hindu. Se “não somos Hindus”, então por que pegar o que melhor tem nas ideias deles?

“Praticar o Bhakti-yoga, significa tornar-se livre de designações como ‘hindu’, ‘muçulmano’, ‘cristão’, isso  ou aquilo, e simplesmente servir a Deus. Nós criamos religiões cristã, hindu e muçulmana, mas quando nós trazemos uma religião sem designações, na qual nós não pensamos que somos hindus, cristãos ou muçulmanos, então nós podemos falar de religião pura, ou bhakti”.

R. Mas, se  “O movimento da consciência de Krishna não tem nada com a religião Hindu, ou qualquer outro sistema de religião”, como agora se fala de uma religião pura? O princípio básico da Não Contradição diz, “uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo sob o mesmo aspecto”. Data vênia! verbi gratia!

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