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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Compreendo o Ahimsa

Compreendo o Ahimsa


Swami Krsnapriyananda Saraswati

Gita Asrama

2010




" Não violência é a lei de nossa espécie, assim como a violência é a lei do bruto.  O espírito, dormente no bruto, não sabe nenhuma lei que não a do poder físico.  A dignidade de homem requer obediência a uma lei mais alta - a força do espírito ".  

(Mahatma Gandhi)



Sanatana Dharma significa “ordem; justiça ou princípio ético eterno”. Nosso esforço enquanto membros do rebanho Vaidika, seguidores dos Vedas, é mantermo-nos no Dharma ou na eticidade (Ética é diferente de moral). Portanto, aquele que segue os princípios da eticidade ou o ethos védico com ahimsa é um vaidika dharmi ou Sanatana dharmi. Hariboloji!

Ahimsa
A obra que inspirou o movimento
de Mahatma Gandhi
Sobre o termo sânscrito “ahimsa”, trata-se de uma palavra composta de: “a= não + himsa= dano; prejuízo, ferimento; fazer mal; prejudicar; hostilidade, bem como violência. etc., etc. (não-agressão ou não-violência). É um dos mais amplos e mais complexos princípios do Sanatana Dharma, e, de algum modo, também está presente na grande maioria das “religiões” do mundo. Há, pelo menos, três tipos de” himsa” (dano) que podem ser feitos: em pensamentos, em palavras, e atos. Ahimsa é um princípio universal. Qualquer que seja o ato “ofensivo” que cometamos, mesmo que inconscientemente, ele será himsa. Contudo, às vezes temos que fazer uso da força, mas não da violência. Um policial prende um ladrão pelo uso da força, da qual tem o uso autorizado, mas se estiver preso o ladrão e ainda assim for agredido pelo policial, então isso será considerado violência. Como foi dito anteriormente, não há como vivermos no mundo sem causar himsa ou sofrimento; himsa é, também, o ato de explorar alguém, por isso, devemos agir tendo em vista causar menor himsa possível, ou seja, tendo ahimsa como princípio fundamental. Isso quer dizer que com o principio de ahimsa temos ocupação intensiva de atenção para conosco e para com os outros, incluindo a própria natureza, procurando não agredir. Isso não quer dizer que você não deve proteger-se, bem como defender-se de ataques contra você. Somos defensores do ahimsa, não da inatividade absoluta ou “passividade” escrava. Como disse Mahatma Gandhi, “o princípio do ahimsa é muito mais severo do que o do Talião” (olho por olho); “resistência pacífica” não quer dizer que não tenhamos direito de defesa, ficando inativos diante de agressões. Isso é um princípio natural do Direito e da Ética. Ahimsa é um principio profundamente ligado à lei de ação e reação, conhecida como “karma”. Toda ação ou karma (karma quer dizer trabalho, ação), irá gerar alguma reação. É uma “lei” física aplicada à eticidade. Se a nossas ações têm em vista ahimsa ou não-agressão; não injúria; não causar dor ou sofrimento, então ela será pelo menos desprovida de má reação. Ahimsa paramo dharmah! Não-agressão é a maior forma de “justiça” ou ordem ou Dharma, afirmam os Sastras (escrituras sagradas). 

Hari hara om tat sat

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