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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Gurudom, um câncer fatal


Gurudom, um câncer fatal

Śrī Swāmi Śivānanda

 

© Tradução para o Português de
Swāmi Kṛṣṇaprīyānanda Saraswātī


SOCIEDADE INTERNACIONAL GĪTĀ DO BRASIL
GĪTĀ ĀŚRĀMA
Porto Alegre, RS - Brasil
2004-2010


Exortação aos iniciantes
Swami Sivananda não precisa dizer-se Guru para ninguém, porque uma alma alto-realizada jamais diz qualquer coisa em Seu próprio nome. Um Guru autêntico é um eterno renunciado das coisas mundanas. Jamais uma alma autorrealizada irá pedir dinheiro, ou que alguém lhe dê alguma contribuição em troca de um ou outro Mantra ou de alguma instrução. O serviço do guru é abnegado, tal qual o serviço que o discípulo presta ao guru. Tudo o mais é chamado por Sivananda por “gurudom”.

"Gurudom" é a expressão que Swami Sivananda encontrou para denominar os “malabaristas e salafrários”, “falsos yogis” da época atual. Ele escreveu o texto que iremos ver a seguir, estando Ele transtornado pela patifaria que se instalava na Índia nos idos tempos da década dos anos 50-60, no século XX. A sua preocupação era com os Pashandis (falsos) do território sagrado de Bharata-Varsa, Índia. Hoje há alguns que se autodenominam “gurus” na Índia, que apenas decoram alguns Slokas (versos), vestem-se suntuosamente com seda e Doti laranjas, mas cobram 10 dólares para tirar uma foto. Nos dias atuais, há uma dupla muito famosa na Índia que aparece em muitos cartazes e calendários. Todos já conhecem a "erudição" deles, que é apenas falar a palavra “dólar”. E eles, pasmem, possuem seguidores! Não se baseiam nas Escrituras, desprezam Bhajans e Kirtanas, zombam do nome de Deus, e se dizem “gurus”. Dão nomes inventados segundo suas próprias mentes férteis, para os que lhes pagam, e assim vão levando milhares de pessoas de bem para o fundo do inferno da ignorância. E por aqui, neste pobre Ocidente consumista, o que vemos? Uma crescente patifaria intitulada “yoga”. E já aparecem os “especialistas” em Vedanta, quando se tem é que realizá-lO. Que lástima!

Apesar de compreender perfeitamente o estado miserável que muitos vivem na Índia, também devemos compreender que a propensão para enganar e ser enganado é da natureza humana e açambarca o mundo todo. Maior é ainda nos dias atuais, em plena Kali-yuga, a era das hipocrisias e de trevas em que estamos mergulhados. Enganar e ser enganado, continuar a enganar e a ser enganado, é uma das artes do Ahamkara, elemento que se costuma chamar de ego neste mundo. Este ego é o responsável pelo sofrimento do Samsara. Almas iludidas por falsos Gurus, que conseguem fazer algum tipo de malabarismo, se deixam enganar por um embuste circense, e por prestigitadores baratos. Que lástima! 

O Ocidente também está agora repleto destes falsos Gurus. E o mais surpreendente é que sequer precisam saber alguns Shlokas em sânscrito, porque nada sabem da importância das Escrituras. Então é ainda mais fácil enganar as pessoas. Quem sabe falar de "naves espaciais", e outras dimensões seja mais atrativo aos Ocidentais, muito consumistas de filmes e histórias de ficção e fantasia? Então fica fácil enganar, porque a ignorância da Verdade Suprema é ainda maior. Que lástima!

Ninguém mais quer ler alguma Escritura séria, sob a orientação de alguém que realmente realizou-A. As pessoas no Ocidente estão tão “sábias de si”, que se deixam enganar por alguém que fale coisas difíceis de entender, como se um palavrório decorado de dicionário conferisse erudição para alguém. Se assim fosse, como seriam sábios os computadores! Então, por todo o lado, estão sendo criados falsos deuses, e eles têm algo em comum, que é a fisionomia do farsante que os inventa. Eles chegam a criar “anjos” e “santos”, loiros de “olhos azuis”, como se isso fosse algum indicativo de santidade. Alguns deixam crescer a barba e os cabelos, e ficam de tal forma parecidos com algumas fotos de antigos mestres, que se dizem encarnação de um daqueles mestres. Contudo, eles são assim tão enganadores porque quem é enganado está querendo ser enganado. Um mestre autoliberado está livre do nascimento e da morte. Ele jamais volta a encarnar neste mundo. Não há nenhuma voz do tipo “celeste” que de fato advenha de um mundo de supostos espíritos, onde uma alma liberada está. Uma alma realizada não se transforma em fantasma, tampouco terá alguma relação de parentesco com alguém. Guru está além da plataforma material. Um Guru jamais irá alimentar a sua luxúria, porque um Guru é livre de luxúria. Um Guru verdadeiro jamais irá locupletar-se em nome de viúvas e mulheres aflitas, tampouco irá seduzir crianças. Ó amados! Acordem para a realidade. Até quando as pessoas irão ficar iludidas por malabarismos e façanhas de tais patifes? Eles são tão nefastos que afastam as pessoas realmente sérias, e pretendentes legítimos, do caminho da Verdade. Como somos abençoados quando somos postos no caminho de uma alma que somente quer Deus e a Deus somente, e que jamais se intitula autor de nada, e que somente defende as Escrituras e Sua superioridade; um verdadeiro Guru

Ninguém pergunta de onde vêm tantas ideias e auto-ilustrações de um Pashandi. Eles são tão patifes que não tem nenhuma preocupação com o seu próprio destino. Alguém que não realizou o Ser jamais poderá ser um Guru. Veja-se que se criam altares segundo as imaginações próprias; os decoram com todo o tipo de misturas, e fundam-se uma nova seita “secreta” que nada mais espalha senão a ignorância. Dela advêm a luxúria, e daí o ódio entre os outros, e afasta do verdadeiro caminho o sério pretendente. Logo a discórdia advém. Os então seguidores de tais farsantes ficam disputando uns com os outros, tais quais cães e gatos, de quem será o melhor, e quem será o mais querido do farsante. Estes Pashandhis Kalicelas estão numa plataforma muito demoníaca. Alguns dizem que tem contato com extraterrestres, mas nem com os terrestres eles contatam!, porque se assim fizessem saberiam que todos somos extraterrestres!, porque somos divinos. Eles descaracterizam as Escrituras, e dizem que um Guru não é necessário, e que todos são Gurus, somente para terem as pessoas em suas mãos. Eles nada sabem que somos almas espirituais, advindas do Mundo Espiritual, muito além de nomes e fórmulas mágicas advindas da sua fértil imaginação demoníaca.

O texto que Swami Sivananda escreve a seguir é muito simples o objetivo. Uma pessoa deverá compreender o que é Parampara e Sampradaya, sucessão discipular e família da ordem devocional, respectivamente, iniciada desde o início dos tempos, primeiramente, para saber se está no caminho certo. Deverá ficar atenta para os sinais que separam um farsante de um mestre autêntico. O caminho do Yoga e do Amor por Deus é uma via segura para a libertação, porém, quando alguém ingressa numa via que tem apenas uma placa falsa e indicativa da palavra “Yoga”, mas que de fato não segue nenhum dos Seus princípios, e nem mesmo renuncia aos desejos mundanos do seu pobre e mortal corpo, então o destino fatalmente será o abismo do eterno retorno, de sofrimento, doença, velhice e morte do Samsara. Quem poderá nos tirar do caminho errado? Que a luz do Guru caia por sobre todos os sinceros buscadores da Verdade!

Hari Hara Om Tat Sat

Swami Krishnapriyananda


Jatilo Mundi Lunchita-Kesah
    Kashayambara-Bahukrita-Veshah;
Pasyannapi Cha Na Pasyati Mudho
    Udara-Nimittam Bahukrita-Veshah

“Pela garantia da barriga, um meio de vida, que espécie de costume um homem adota? Alguns deixam o cabelo crescer (Jata), outros levam a sua cabeça raspada, outros se colocam em roupas alaranjadas. Ignorantes, de qualquer forma nada vêem”
(Sri Sankaracharya).

A Índia é uma terra sagrada da filosofia Advaita; a terra na qual originou personalidades como Sri Sankara, Dattatreya, Vamadeva, e Jada Bharata, que pregaram a unidade da vida e da consciência, e está cheia de sectarismos nos dias de hoje. Que haja misericórdia! Que lamentável estado nós vemos hoje! Se pode até mesmo contar os grãos de areia na beira de uma praia, mas será extremamente difícil contar o número de seitas que existem hoje na Índia. Cada dia, algum tipo de “ismo” está surgindo, como cogumelos, que se incham sobre a discórdia que está presente ali. Discórdia sem esperança, e a desarmonia, reinam soberanamente aqui e ali. Disputas entre diferentes seitas. Divergências e divisões, disputas na justiça, brigas, discussões, e escândalos entre os monges prevalecem em todos os lugares. Não há paz e harmonia. Os discípulos de um Guru brigam com os discípulos de um outro Guru nas ruas e mercados.

Yogis Charlatões e de Poses de Gurus
Um jovem com um pouquinho de treino num harmônio (tipo de gaita), e um pouco de poder de fala, sobe numa plataforma, posa como se fosse um Acharya ou um Guru, num par de anos; publica uns poucos panfletos de lixo com algumas canções, e estabelecem uma seita própria. A índia tem abundante tipo de estupidez, e qualquer pessoa pode ter seus próprios seguidores num curto espaço de tempo.

Coletor de esmolas indiano.
Outro jovem com algum treinamento em Asanas, Bandhas, e Pranayama, fecha-se numa caixa dentro de um buraco no chão, e levando alguns vegetais de forma escondida, fica lá dentro por quarenta dias. Então ele come algumas raízes, tirando a fome e a sede por alguns dias. Apenas Deus sabe o que ocorre nestas celas! Então ele dorme dentro da cela, e depois sai num pretenso Samadhi. Isto é uma pequena prática de Titiksha apenas. Seus Samskaras e Vasanas não totalmente destruídos. Ele continua sendo o mesmo homem mundano. Ele bate aqui e ali para coletar algum dinheiro e fazer alguns discípulos. Ele faz a pose de um Guru Yogi. De forma ignorante, as pessoas comuns são enganadas facilmente. A parte triste da história é que as pessoas perdem a fé no verdadeiro Yogi que entra no Samadhi real, por causa das tolas ações de tais autopresumidos Yogis jovens, que não possuem nenhuma responsabilidade. Estes falsos Yogis não fazem ideia e nem entendem a seriedade do Yoga e da vida espiritual. O Samadhi, certamente, não é um meio de demonstrações públicas nas ruas. O Samadhi trata-se de uma ação secreta. Samadhi não se trata de uma magia barata ou Indraja. Esta prática tem sido contagiosa. Muitos jovens têm mostrado esta façanha ou show.

Tome cuidado com estes Yogis Charlatões, que na luz do dia têm pose de Guru; ovelhas negras que são parasitas infectantes, e que infestam a sociedade; que são ameaças para o país, tais aves de rapina buscam seus recursos entre os incautos e ignorantes!

Alguns fazem discípulos para serem servidos quando envelhecerem. Eles jamais cuidam do avanço de seus discípulos.

Uma cautela para as moças
As moças são muito facilmente enganadas por estes assim chamados “Gurus Acharyas”. As moças são ingênuas e simples. Elas caem vítimas fáceis de um som melodioso. Estes falsos Gurus tentam vendar os olhos destas pessoas ingênuas. Eles facilmente ludibriam as jovens numa armadilha sem qualquer dificuldade. Eles as fazem de seus instrumentos ou ferramentas. Eles as exploram, enchem seus estômagos, e andam com roupas de seda, sapatos de couro. Aqueles que estão na função de Grihastas ou dono-de-casa não têm a menor consideração com as escrituras para fazerem discípulas. Aqueles que fazem discípulas por segurança de um meio de vida são tais quais vermes que se mexem na imundície. Não há Prayashitta (expiação) para aqueles hipócritas. Eles serão jogados dentro dos infernos Raurava e Maha Raurava.

Ó Devis! Acordem! Abram seus olhos. Agora vocês são todas educadas. Usem suas razões. Não se deixem levar por mera leitura e música. Tenham cuidado com estes que têm postura de Guru. Jamais tenham um homem casado (não renunciado)  como sendo seu Guru. Jamais recebam Diksha dele. Vocês irão chorar no final, e colherão uma colheita ruim se fizerem isso. Que o homem que vocês escolherem como seu Guru seja um exemplo e de caráter imaculado. Ele deverá ser absolutamente renunciado, bem como ser livre da luxúria e do orgulho. Ele deverá ser livre de todos os tipos de máculas mundanas. Ele deverá ter o conhecimento dos Vedas e das Escrituras. Ele deverá ter força espiritual interna e autorrealização para elevá-las e conduzi-las ao mundo espiritual.

Os maridos não deverão permitir que suas esposas recebam alguém como seus Gurus sem o devido exame completo, e inteiro entendimento da pessoa da qual elas querem pegar como Guru. Se de fato elas querem pegar alguém como Guru, se deverá selecionar um após cuidadoso estudo e investigação, e após conviver com ele por longo tempo. O marido e a esposa não devem ter Gurus diferentes. Haverá disputas. Eles deverão ter um mesmo Guru em comum.

A ameaça de Seitas e Cultos
O Senhor Chaitanya, Guru Nanak, Swami Daiananda, foram todos católicos,[1] almas exaltadas. Todos os seus ensinamentos são sublimes e universais. Eles jamais pretenderam estabelecer seus próprios cultos e seitas. Se eles vivessem hoje, Eles iriam chorar pelas ações dos Seus “seguidores”. É que Seus seguidores comentem erros e asneiras. Os seguidores falsos não desenvolveram um grande coração. Eles não dão a mínima atenção ao que fazem. Eles criam competições, espírito de grupo, e todo o tipo de confusões.


Características de um verdadeiro Guru
Aqui estão as características de um verdadeiro Guru. Se você encontrar estas características em qualquer homem, aceite-o como seu Guru. Um verdadeiro Guru é um Brahma-nishtha e um Brahma-Srotri. Ele tem pleno conhecimento do Ser e dos Vedas. Ele pode dissipar as dúvidas sinceras dos aspirantes. Ele possui visão equânime e mente equilibrada. Ele está livre de Raga-Dvesha, harsha, Soka, egoísmo, ira, luxuria, orgulho, apego ou Moha, e avareza, etc. Ele é um oceano de misericórdia. A sua mera presença inspira Santi ou paz e elevação da mente. Na sua mera presença, todas as dúvidas dos aspirantes sinceros são clareadas. Eles não possuem quaisquer expectativas de qualquer coisas de ninguém. Ele tem um caráter exemplar. Ele está cheio de alegria e bem-aventurança. Ele está a procura dos verdadeiros aspirantes.

“Saudações aos pés de lótus do Guru! Eu creio plenamente num Guru verdadeiro. Eu tenho grande adoração por um Guru. Meu coração deseja servir os Seus pés de lótus para sempre. Eu creio que não há purificador mais poderoso do que o serviço ao Guru, que remove as impurezas da mente. Eu creio plenamente que apenas um bote seguro pode levar-nos para a outra margem da imortalidade, da companhia de um Guru!”. Este é o sentimento que alguém deve ter por um Guru verdadeiro.

Comércio Gurudom
Eu desgosto inteiramente do Gurudom comercial. Eu me desgosto inteiramente das ações hipócritas da pose de Guru e de “acharyas”, que se movimentos aqui e ali fazendo discípulos para coletar dinheiro. Todos vocês irão concordar comigo neste ponto. Não há duas opiniões que sejam contrárias neste ponto. Estes falsos Gurus são uma peste na sociedade. O Gurudom é um mero negócio. Ele deve ser totalmente erradicado do solo da Índia. Isso está criando uma impressão negativa nas mentes das pessoas ocidentais, e pessoas de diferentes paises. A Índia está perdendo a sua glória espiritual devido a estes negócios Gurudom. Drásticos passos devem ser dados na direção desta séria doença para destruí-la na raiz. Nenhuma pedra deverá ser deixada sem mexer-se tendo em vista a erradicação deste mal. Muitos têm feito deste Gurudom um negócio como um meio fácil de vida. Pobres e ignorantes senhoras e senhores são explorados por estes pseudo-Gurus, em grande escala. Que vergonha!

Muitos Gurus se mexem daqui para ali. Eles concedem palestras e discursos. Eles conhecem os Brahma-sutras e o Gita de cor, mas eles não possuem conhecimento e meditação. Eles se irritam facilmente. Seu Abhimana é muito rígido. Neles faltam os atributos divinos e Sadhutva. Eles não possuem espírito de serviço. Eles falam mal do serviço abnegado, do Kirtana, etc. Eles pegam as pessoas à força. Eles somente as “abençoam” colocando as suas mãos em suas costas, mas não são capazes de conduzir alguém a cruzar o oceano da ignorância e os levar para a salvação final ou bem-aventurança.

O grande público irá considerar alguém um grande Guru apenas por ele ter exibido alguns Siddhis (poder místico). Isso é um sério engano. Eles não merecem credibilidade. As pessoas são facilmente ludibriadas por estes charlatões. As pessoas, contudo, devem usar seus poderes de discernimento e razão; devem estudar os meios, os hábitos, natureza, conduta, Vritti, Svabhava, etc., de um que se diz Guru, e testar o seu conhecimento das Escrituras, antes de chegarem a alguma conclusão.

É preferível ter Sri Krishna, o Senhor Rama, o Senhor Siva, o residente interior do coração como seu Guru, e repetir o Seus nomes, do que se aproximar destas “ovelhas negras”, que enganam e roubam as pessoas neste país.

Que a gloriosa Índia seja abundante em Gurus verdadeiros como Sri Sankara ou Sri Dattatreya! Que ela seja absolutamente livre dos pseudos-Gurus e Gurudom, os quais são uma maldição fatal! Que os princípios universais do Sanatana-dharma floresça no mundo! Que os líderes espirituais unam-se nas suas várias seitas e cultos! Que não se deixe estabelecer novos cultos. Que as lutas sectárias e querelas terminem para sempre! Que nesta terra seja sempre mantida a reputação, e o prestígio, de um país espiritual, com santos, buscadores, Yogis, Bhaktas, e Sannyasis com Tyaga, tendo renúncia, e autorrealização como metas!

Que a unidade, a paz e a harmonia prevaleçam sobre todos! Que as bênçãos dos verdadeiros Gurus caiam por sobre todos! Que eles nos guiem o caminho da espiritualidade!

Om Tat Sat


[1] Católico significa “para todos”, nada tem a ver com religião.

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