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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sri Nimbarka Acharya

SRI NIMBHARKACHARYA

SRI SWAMI SIVANANDA

© Tradução para o Português de

SWAMI KRISHNAPRIYANANDA SARASWATI

VAISHNAVA BRASIL

Porto Alegre, RS, Brasil

Web Edition - 1997 - 2010
 
 
1. Introdução
Viveu um grande asceta, chamado Aruna Muni, em Baiduryapattnam, as margens do rio Godavari, em Adhra Pradesh, no sul da Índia. Ele teve uma piedosa esposa chamada Jayanti Devi. Sri Nimbarka era filho de Aruna Muni e Jayanti Devi. Ele apareceu no século dezessete. Na ocasião do Namakarana Samskara (receber o nome hindu), os sábios Brahmanas deram ao menino o nome de Niyamanandacharya. Nimbarka é também conhecido pelos nomes de Aruna Rishi e Haripriyacharya.

Aruna Muni e Jayanti Devi executaram para seu filho a cerimônia do cordão sagrado, e o enviaram para Rishikul, para estudar os Vedas, Vedangas, Darshanas, etc. Niyamanandacharya ganhou habilidade nas escrituras em pouco tempo. Ele foi um poderoso gênio. As pessoas em toda a parte da Índia vinham ver este maravilhoso menino.

2. Encontro com Brahmaa
Quando Niyamanandacharya era um adolescente, Brahmaa, o criador, veio ao Ashram de Aruna Muni disfarçado de Sannyasi. O Sol estava a ponto de se pôr. O Muni tinha saído. O Sannyasi pediu para a esposa do Muni por alguma coisa para comer. O alimento tinha acabado. A esposa do Muni ficou em silêncio. O Sannyasi estava a ponto de deixar o Ashram. Niyamanandacharya disse para a sua mãe: “Querida mãe! Um Sannyasi não pode ir embora sem comida. Nós iremos sofrer pela violação de Atithi Dharma” a mãe respondeu: “Meu querido filho! Seu pai saiu. Eu não tenho nenhuma fruta ou raízes. Além disso, não há tempo para eu preparar qualquer comida. É o pôr-do-sol, e os Sannyasis não devem fazer suas refeições após o pôr-do-sol”.

Niyamanandacharya disse para o Sannyasi: “Eu irei buscar rapidamente raízes e frutas da floresta. Eu garanto que o sol não irá se pôr até o final da sua refeição”. Niyamanandacharya colocou sua Sudarshana Chakra numa árvore de Nim no Ashram, onde Ele brilhou como o sol. Brahma, que estava disfarçado de Sannyasi, ficou muito impressionado. Em poucos minutos Nimbarka retornou com raízes e frutas, e deu para a sua mãe, que os serviu para o Sannyasi, com devoção intensa. Tão logo o Sannyasi terminou a sua refeição, Nimbarka removeu o Sudarshana Chakra da árvore Nim. Imediatamente escureceu. Uma quarta parte da noite havia passado. O Sannyasi, que era o Senhor Brahma, deu ao garoto o nome de “Nimbarka” (de “Nim” = árvore Neem; “Arka” = Surya ou o Sol). Desde então ele foi chamado de Sri Nimbarkacarya.

3. A sudarshana do Senhor Hari
Sri Nimbarkacarya é considerado uma encarnação da arma Sudarshana Chakra, ou disco, do Senhor Hari.

Há quatro tipos de Avataras: (i) Purna (pleno), ex.:, o Senhor Krishna, o Senhor Rama; (ii) Kala (não-pleno), por ex.: Matsya, Varaha, Hama, etc.; (iii) Amsa (parcial). Ex.: Jada Bharata, Nara Narayana, etc.; (iv) Amsamsa (parte da parte), ex.: Sri Sankara, Sri Ramanuja, Sri Nimbarka, etc.

No Vishnu Yana, a linhagem espiritual de Sri Nimbarkacarya é dado no seguinte: “o Sagrado Gopala Mantra de três letras lançou-se da boca de Sri Narayana. Ele foi dado para Hamsa Bhagavan. Hamsa Bhagavan, por sua vez, iniciou os Kumaras, que revelaram este Mantra para Rishi Narada. Narada ensinou ao seu discípulo Sri Nimbarka. Nimbarka deu este Mantra para seu discípulo Srinivasacarya”.

4. A misericórida em pessoa
Sri Nimbarkacharya foi a personificação da misericórdia, piedade, amor, bondade, tolerância e outras divinas qualidades. Ele fez rigorosas austeridades em Neemgram e teve o Darshan do Senhor Krishna naquele lugar. Com isto, apenas Nimbarka teve demonstrado seu milagre quando Brahma veio por Bhiksha como um Sannyasi. Outro local sagrado da seita de Nimbarka é Salembabad no Rajasthan. Um grande Mahant vive lá. Há um templo de Nimbarka lá. Vrindavana, Nandgram, Barsana, Govardhan e Neemgram são os Kshetras chefes nas terras sagradas dos seguidores de Nimbarkacarya. Um Parikrama de 168 milhas (mais ou menos 27 quilômetros), de Brij Bhurni é a sua principal obrigação. Para pagar visitas em ocasiões diferentes para o templo de Sri Nimbarka, duas milhas de Govardham e a obrigação Sampradayik.

A seita de Nimbarka é encontrada principalmente em Brij Bhumi, e a saber: Vridavana, Nandigram, Barsana, Govardhan, etc. Jaipur, Jodhpur, Bharatpur, Gwalior, Burdwan e Okara estão os seus centros. Os seguidores de Nimbarka também são encontrados no centro da Índia, em Bihar, Orissa e na Bengala Oeste.

5. A filosofia Dvaitadvaita
Sri Nimbarkacarya escreveu os seguintes livros: Vedanta Parijat Saurabh, um comentário sobre o Brahma-sutras; um comentário sobre o Bhagavad-gita. Sadachar Prakash, um tratado de Karma Kanda; Rahasya Shodasi, uma explicação do Sri Gopala Mantra em versos; Prapanna Kalpa Valli, uma explicação do Sri Mukunda Mantra em versos; Prapatti Chintamani, um tratado relativo ao Refúgio Supremo; Prata Smarana Stotram, um hino devocional; Dasa Sloki ou Kama Dhenu, os dez versos nectários, e Savisesh Nirviseh Sri Krishna Stavam. Nimbaracarya foi o expositor da filosofia Dvaitadvaita

Sri Nimbaracarya foi o expoente da escola de filosofia Dvaitavaita. Os seguidores do seu culto adoram Sri Radha-Krishna. Bhagavata é a mais importante escritura para eles. J…va e o mundo são separados de, e idênticos com Brahman. Os seguidores desta escola são agora encontrados até em Mathura e Vrindavana.

6. Dvaitavaitta de Nimbarckarya
De acordo com Sri Nimbarkacharya, o Brahman é tanto considerado a causa eficiente como a material do mundo. Brahman é tanto Nirguna como Saguna. O universo não é irreal ou ilusório, mas é a verdade manifesto ou Parinama de Brahman (Sri Ramanuja também alimentou este ponto de vista. Ele dizia: “Assim como o leite transforma-se em coalhada, assim também o Brahman transformou-Se a Si mesmo no Universo”). Este mundo é idêntico em e com, e ao mesmo tempo diferente, do Brahman, assim como uma onda ou bolha é a mesma e ao mesmo tempo diferente do que a água. A alma individual é parte do Ser Supremo. Elas são controladas pelo Ser Supremo. A salvação final descansa na realização da verdadeira natureza da alma em si mesma. Isto pode ser alcançado por Bhakti (devoção). A individualidade do ser finito (Jivatma) não é dissolvida mesmo no estado final de emancipação. Sri Ramanjuja também defendia que o Jiva assume o corpo divino de Sri Narayana com quatro mãos e regozija-se no Vaikuntha, o divino Aishwarya do Senhor.

hari hara om tat sat

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