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quinta-feira, 22 de março de 2012

Conhecimento Secreto dos Vedas

 
Swami Kṛṣṇaprīyānanda Saraswatī
prof. Olavo DeSimon

SOCIEDADE INTERNACIONAL GITA DO BRASIL
SANATANA DHARMA BRASIL
GITA ASHRAMA

Porto Alegre, RS - Brasil
 2006-2012



 Sumário
- Reverências
1. Mente que mente
2. Liberdade demoníaca de criar
3. Linguagem
4. A experiência do Guru
5. A maior tolice do ignorante é achar que sabe
6. É necessário filosofia
7. A cultura nos envolve
8. Que conhecimento é esse

Minhas humildes reverências para:

- Sri Vyasadeva, que graciosamente compilou os Vedas para uma linguagem compreensível humana, bem como realizou o amor divino as transcrever o Bhagavata Purāna.

- Sri Adi Sankaracharya, Siva em pessoa, o maior dos Vaishnavas, que por Sua graça, sabedoria, amor pelos ignorantes, resgatou o conhecimento dos Vedas, velado pelo materialistas e ateus;

- Swami Sivananda, por sua imensa sabedoria, compaixão e misericórdia para com as almas caídas na ignorância;

- Sri Ramananda Prasad, que com sua simplicidade, objetividade, paciência e perseverança, sabe tão bem transmitir o conhecimento dos Vedas.

1. Mente que mente
A mente ocidental é por demais fantasiosa. No Ocidente, livros que falam de enigmas de ficção vendem como água em dias de calor. Olhem, por exemplo, as “festas” populares como o Natal, Páscoa, etc., principalmente na sociedade burguesa ocidental, onde o consumo está acima até mesmo da razão e da Verdade. Quem está preocupado com o real significado daquelas “festas”? Portanto, não é de estranhar, de nenhum modo, que a mente fértil, consumista, fantasiosa, infantil dos especuladores pequeno-burgueses ocidentais, crie algo para poder vender e lucrar. É apenas mais uma maneira lucrativa de uma mente que mente... Então, se inventa histórias de que há algum conhecimento secreto no Santana-dharma, e que somente alguns receberam tal conhecimento, etc. Mas de fato, o que existe é a ignorância da Filosofia como um todo, sem dizer dos seus aspectos particulares. Isso quer dizer que as bases teórico-filosóficas como Ética, Eidética, Noética, e Lógica, são desconsideradas pelos apressados burgueses ocidentais, que de modo humorístico dizem “conhecer um conhecimento secreto”.

2. Liberdade demoníaca de criar
Se olharmos com atenção a história da sociedade burguesa ocidental, veremos que as pessoas trilham uma idéia chamada, erroneamente, de “liberdade”. No entanto, trata-se de uma falsa liberdade, uma vez que notamos uma submissão ao capital, bem como um tipo de meio de vida. Sri Adi Sankaracharya, nascido por volta do ano 800, portanto, em plena vigência de idéias comerciais judaico-cristãs que influenciaram o mundo todo, fez uma referência muito especial a estes especuladores de plantão, os quais existem até mesmo na terra do Sanatana-dharma. Ele recitou:

jatilo mundi luñchitakeshah
kasabambarabahukrita-vesah
pashyannapi ca na pashyati mudhah
udaranimittam bahukrita-vesah

A tradução deste verso do Moha-Mudgarah, conhecido no Ocidente como “Bhaja-govinda”, diz o seguinte: “Há muitos que vão com os cabelos enrolados; muitos que têm a barba e o cabelo raspados; muitos cujos cabelos são arrancados fora; alguns se vestem com açafrão, ainda há outros de várias cores: ‘Todos por um meio de vida!’ Ainda que a verdade seja revelada diante deles, sempre haverá os que não a vejam”.

As razões que sustentam os enganadores de plantão são simples de entender, tratam-se da fantasia, da querela inútil, a busca pelo dinheiro. Também, o que está por detrás destes enganadores de plantão é a busca de fama, de prestígio, de poder e posição, fazendo as pessoas tolas seus reféns igualmente ignorantes. Sri Krishna nos esclarece no Bhagavad-gita que “Orgulho, arrogância, convencimento, ira, aspereza, bem como a ignorância... são qualidades demoníacas” (Bgita, 16.4). Podemos dizer, com toda a certeza, que aqueles que garantem a existência de algum “conhecimento secreto”, e que somente eles poderão dá-lo mediante algum pagamento, são embusteiros, enganadores, ignorantes. Eles se ilustram no falso prestígio. Enchem-se de nomes e títulos suntuosos. Pretendem com isso conseguir ilustrar por fora o que não possuem por dentro. São tolos que tratam o impermanente como se permanente fosse. Diz Krishna: “Refugiando-se na insaciável luxúria, no orgulho e no falso prestígio, absortos e convencidos pelo ilusório, esquivam-se do que é – realmente – divino, tomando coisas impermanentes como se fossem verdade, vicejando o que é impuro” (Bgita, 16.5).

3. Linguagem
Mas o que há na verdade, no Sanatana-dharma, é um conjunto de ensinamentos amplos e complexos, cujo entendimento está subjugado ao conhecimento da Sua linguagem. Pensamos que isso não deva surpreender ninguém. Do mesmo modo como alguém sem estudar os preceitos básicos da Física irá ficar sem entender o que falam os físicos, ou quem nunca estudou Lógica nada compreenderá de enunciados lógicos, de forma semelhante, a filosofia do Santana-dharma precisa da orientação de alguém que a tenha estudado e realizado o Seu conteúdo. Isso é uma questão de realização da linguagem e conhecimento védico.

O Senhor Krishna diz para Arjuna no Bhagavad-gita, 4.34, que devemos nos aproximar de alguém que tenha adquirido o conhecimento da Verdade (do Santana-dharma), tendo em vista aprendê-lOe por fim realiza-lO. Diz o verso: “Este correto conhecimento (do Satana-dharma) se aprende perguntando aos que O conhecem, prestando-lhes serviço; inicias-te neste Conhecimento, com os que O possuem, conhecem e viram a Verdade”. O adágio: “possuem, conhecem e viram a Verdade”, é sugestivo, porque aponta com clareza que a Verdade está aí, mas são poucos que conseguem vê-lA, realizá-lA, principalmente devido ao fato de não terem o necessário “domínio da linguagem” para entender-se o significado dos Seus enunciados.

4. A experiência do Guru
Sri Dattatreya Guru
Nós poderemos citar centenas de enunciados, centenas de idéias, dos mais variados ramos do conhecimento humano, e, com certeza, a grande maioria das pessoas não conseguirá entender o que está sendo falado. A razão é simples, ele está oculto pelo fato de não se ter o domínio ou o conhecimento da linguagem que está sendo falada. Há tantos fatores envolvendo um conhecimento, que as Escrituras defendem o fato da importância do preceptor espiritual ou Guru para enunciá-lAs corretamente. Swami Sivananda nos adverte, e de certo modo nos consola, ao falar do Guru quando diz: “Uma pessoa pode aprender apenas de uma pessoa e, por conseguinte, Deus ensina apenas através de um corpo humano. No seu Guru você tem o seu ideal humano de perfeição. Ele é o padrão interno o qual você deseja para moldar a si mesmo. Sua mente será prazerosamente convencida de tal grande alma, combinando com adoração e reverência”. Swami Sivananda, também, escreve que: “Apenas um homem que, de fato, foi para Badrinath (uma região da Índia), está apto para dizer a você o caminho para aquela região. No caso do caminho espiritual, é mais difícil encontrar sozinho. A mente irá enganar você freqüentemente. O Guru estará apto para remover as armadilhas, e os obstáculos, e conduzir você ao longo do caminho correto. Ele dirá a você: ‘Este caminho leva você para Moksha (liberação); este outro, para o cativeiro’. Sem a Sua guia, talvez, você queira ir para Bradrinath, mas encontrará a você mesmo em Delhi!” Quem antes percorreu o caminho, aprendeu a Sua linguagem, pode, então, ensinar para os que estão vindo. Mas não há, definitivamente, nada “secreto” nisso, muito antes pelo contrário, uma vez que não poderia ser diferente numa filosofia que diz, com todas as letras, que apenas o conhecimento pode livrar alguém do Samsara. E, evidentemente, que o Supremo não iria ensinar as pessoas que o conhecimento liberta, e depois privá-las de terem acesso a Ele. Isso seria algo como uma “ditadura da Verdade”, tornando todos escravos do desejo de alguém, quando, na realidade, o Samsara é resultado da própria ação e vontade da pessoa.

5. A maior tolice do ignorante é achar que sabe
Sri Krishna diz no Bhagavad-gita, 16.23 que, “Qualquer pessoa que não siga as regulações das escrituras sagradas, e que não abandone a luxúria, e os caprichos (mundanos), não alcança as perfeições e nem a felicidade transcendental Suprema”. Portanto, somente através da realização “... das escrituras dos Shastras, a pessoa determina o que são atividades ilegais e quais seus deveres. Conhecendo os Shastras, e suas regulações, diz-se, que a ação é meritória neste mundo”. Sinceramente falando, as pessoas que em nome do Yoga ou do Sanatana-dharma dizem “conhecer um conhecimento secreto”, nada mais estão fazendo do que adjudicando conceitos Ocidentais num conhecimento diferente, por desconhecerem e nem mesmo terem realizado Viveka; não passam de um bando de ignorantes que nem mesmo sabem que ignoram. O Senhor Krishna diz, no Bhagavad-gita, 4.35, que: “Tendo-o conhecido (adquirido por um mestre), nunca [mais], e de novo, terás ilusão, assim avançarás, ó filho de Pandu! Tu verás a todas as entidades vivas no Ser Supremo e em Mim atuando”. Com certeza, o entendimento transcendental trazido no Bhagavad-gita é de que Krishna é a personificação do Dharma, Verdade ou Justiça. Krishna, ainda, salienta que com o “barco do conhecimento”, nos libertamos do oceano das misérias existenciais (Bgita, 4.36). Aqui não há nenhum “conhecimento secreto”, mas um desafio ao ignorante que acha que sabe, identificado com seu próprio corpo físico e relações adjuntas.
É um fato que somente o conhecimento ou Jñana pode liberar alguém. Os Vedas são unânimes em afirmar que a ignorância escraviza - isso é o Samsara - e que somente o conhecimento ou Jñana liberta. “Assim como o fogo queima a lenha e a transforma em cinzas, ó Arjuna, o fogo do conhecimento - jñāna- de forma similar, transforma em cinzas o resultado da ação” (Bgita. 4.37).

Todas as letras nos versos acima nos deixam bem claro que o verdadeiro conhecimento liberta, e que devemos nos aproximar de alguém que realizou a Verdade tendo em vista, também, alcançá-lA. Conhecimento não se trata de um acumular de conteúdos, mas de uma realização interior. Para atender aos diferentes tipos de graus de entendimento (devido a grande variedade de inteligências) das pessoas, há diferentes “níveis” de textos para elas. Então, compreendemos que há os escritos elevados, de difícil compreensão como os Upanishads; há os escritos intermediários como os épicos, Ramayana, Mahabharata, e o Bhagavad-gita (por estar no Mahabharata), e os chamados “escritos populares”, como os Puranas, onde são descritos passatempos ou Lilas do Senhor na forma de histórias, com grande cunho moral. Mas apesar destes textos ser ditos “populares”, grande parte do Ocidente não Os entende, haja vista o fato de que se trata de um conhecimento cultural milenar, quase atávico, que subjaz na profundeza dos Seus ensinamentos, e a cultura na qual estão mergulhados, sublinha Suas validades.

6. É necessário filosofia
O conhecimento da filosofia do Sanatana-dharma requer, evidentemente, conhecimento de Filosofia, e, além do mais, a sua vivência prática. De que adianta tantas teorias, crenças em “conhecimentos secretos”, se não há uma vivência prática? Nem mesmo materialistas como Karl Marx admitiam uma filosofia sem um viés prático. E pensar numa filosofia religiosa sem uma práxis é também um absurdo. Outro fato que devemos salientar aqui é o que diz respeito à forma de mostrarmos algo. Dependendo da forma que adotarmos na expressão de um fato, este poderá ter um significado diferente. Para ilustrar, colocaremos a seguir um fato antropológico irrefutável, acompanhem com atenção:

Iremos, a seguir, descrever os costumes de uma tribo denominada de Onacirema:

“O ponto focal do santuário é uma arca, ou caixa, embutida na parede. Nessa arca são guardados os muitos talismãs e poções mágicas sem as quais nenhum nativo acredita poder viver... O talismã não é utilizado depois que serve às suas finalidades, mas é colocado numa caixa a isso destinada, no próprio santuário. Como esse material mágico destina-se especificamente a certos males, e as enfermidades do povo, reais ou imaginárias, são muitas, e aquela caixa está quase sempre totalmente cheia. Os pacotes mágicos são tão numerosos que as pessoas se esquecem de suas finalidades e temem usá-los novamente. Embora os nativos sejam muito vagos quanto a esse ponto, só poderemos admitir que a idéia de conservar o material mágico antigo está na suposição de que a sua presença na caixa de talismãs servira, de algum modo, para proteger o adorador”. *

Poderemos, uma vez lido o texto acima, fazer as seguintes perguntas:

1. Você aprova ou não os Onacirema? Por que?
2. Suas práticas têm sentido para você?
3. Já ouviu falar de algum outro grupo que tenha práticas semelhantes?
4. Alguém sabe quem realmente são os Onacirema?

Feito estas perguntas, podemos dizer que “onacirema” na realidade se trata da palavra “americano” escrita ao contrário. A descrição do texto acima, trata-se de uma caixa de remédios, típica dos americanos (muitas vezes em seus banheiros). Podemos ver, com clareza, que a diferença da linguagem em apresentar um fato dá um colorido diferente a ele. Uma vez que o assunto é desvelado pelo professor ou Guru, ele se torna claro e objetivo. Portanto, que conhecimento secreto há ali?

7. A cultura nos envolve
Um fato notável é que cada um de nós está mergulhado na sua cultura. A religião, a filosofia, e tudo que envolve as pessoas, não poderiam ser diferentes. A cultura age mesmo de forma inconsciente; por isso dizemos que é muito atrativo aos olhos dos consumidores ocidentais, ter a possibilidade de aventurarem-se num “conhecimento secreto”, pagando módicas prestações para quem ministra um curso ou forma uma “escola esotérica”, etc. Graças aos ensinamentos das Escrituras, e da orientação de um filósofo prático como um Guru é que podemos compreender o significado dos enunciados. Mas a questão de como se forma o conhecimento é muito complexa. Também, a forma como alguém se aproxima d´Ele, e o que faz alguém se interessar por Ele é complexa. Há muitas teorias, muitas idéias. Contudo, segundo o Sanatana-dharma, o que faz alguém se aproximar do Conhecimento da Verdade Suprema é a sua experiência anterior, adquirida na convivência prática, numa vida passada (ou mesmo na sua vida de agora). No Bgita, 6.44, temos: “Pela prática de yoga na vida anterior, e sob influência dela, com certeza se é atraído segura e automaticamente pelo yoga, inquirindo sobre Ele e pelos princípios ritualísticos brahminicos transcendentais”. Goethe, inspirado nos Upanisads, já referenciava as Escrituras ao dizer “Ninguém ama o que não conhece!”, portanto, ninguém pode gostar daquilo que não realizou, e não poderá realizar sem antes conhecê-lo. É por isso que as palavras e jargões “secreto”, “esotério”, etc., atraem tanto o burguês liberal, desejoso de adquirir o conhecimento por intermédio da sua visão fantasiosa da realidade, basta comprar! Também, é por isso que prosperam os grupos que oferecem a preços convidativos o “conhecimento secreto”, porque é algo que ninguém pode realizar sem de fato conhecer.... ironias a parte, somente podem conhecer aqueles que podem pagar. Que triste o destino de tais criaturas!

8. Que conhecimento é esse
Mas nós percebemos que há um grande interesse por especulação de todo o tipo. Basta olharmos a grande quantidade de revistas que andam circulando pelas grandes cidades. Há, por exemplo, revistas que falam de saúde onde uma afirma exatamente o oposto da outra. Como alguém poderá realizar a Verdade Suprema se seus paradigmas são mudados da manhã para a noite? Sabemos que os patifes de plantão são oportunistas para oferecerem seus produtos para uma platéia de ignorantes, ávida por “novidades” por especulação do “eu acho que sim” eu “acho que não”. Esta platéia jamais tem condições de dizer “penso que sim” “penso que não”, porque, para eles, pensar é algo insalubre. Está além das suas capacidades. Afinal, há alguém que é dono da Verdade, e ela pode ser “comprada a prestações”. Sem antes salientar, que é necessário ter pago uma taxa para alcançar a “iniciação secreta”, iniciação esta que envolve um Mantra supra secreto e que não poderá ser dito para ninguém... Ora ora, que tolice. Mesmo no Novo Testamento, como em Mateus 10.24-28, está dito com toda a clareza: “24 Não é o discípulo mais do que o seu mestre, nem o servo mais do que o seu senhor. 25 Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Baal Zaeb ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos? 26 Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto que não haja de ser conhecido. 27 O que vos digo às escuras, dizei-o às claras; e o que escutais ao ouvido, dos eirados pregai-o. 28 E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”.

Vejam a clareza do Evangelho! A mesma está nos textos védicos. Somente os que querem tirar o dinheiro dos iludidos agem de forma a difundir um pressuposto “conhecimento secreto”, e do qual somente eles podem transmitir. Também, observem o fato de termos colocado a palavra “Baal Zaeb”, porque se trata do semideus da fertilidade Fenícia. Baal Zaeb é quem dá as chuvas, a saúde, a colheita farta, o estar-bem e o bem-estar. Razões políticas e ideológicas da invasão dos Hebreus transformaram Baal Zaeb no malfadado “belzebu”, lançado que se fosse o mal personificado. Ora, a história é sempre contada pelos vencedores! Tola ignorância achar que pode interpretar os versos do Evangelho, escritos acima, com outro sentido. Como podem entender os versos do Evangelho se não conhecem a Sua história? Bem, tolamente poderão pensar alguns que aqui se trata de um “conhecimento secreto”, que está oculto nestes versos de Mateus. Mas nada está além da comparação de que todos somos almas espirituais, eternos, sempre existentes; que nunca pode ser morta; que estar numa posição inferior ou superior é mera ilusão, e assim por diante. Este conhecimento é mesmo dos Upanishads. Trata-se da essência dos Vedas. Mas entender o significado contido dos versos não é algo secreto ou oculto, é uma questão de linguagem, de aprendizado. Trata-se de uma questão de Viveka, ou discernimento, advindo através de Jñana ou conhecimento realizado, vivenciado, experimentado. Não apenas teórico, frio e seco, como pensam alguns que vendem “conhecimento secreto”.

Poderíamos passar muitas horas falando destes supostos “conhecimentos secretos”, e então veríamos de que a realidade isso se trata de ignorância, nada mais do que uma tola ignorância. Aguçada é a curiosidade humana, ainda mais se for ocidental, burguesa e capitalista, que acha que com o dinheiro pode comprar tudo. Conhecimento secreto? Quem dá mais?

Hari Om Tat Sat