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domingo, 12 de dezembro de 2010

Festa estranha com gente esquisita

Este é o deus Mithra, cujo nascimento era comemorado em 25 de dezembro. O Cristianismo "chupou" a data mais de 300 anos depois de Cristo.




Falar que Natal é uma data somente comercial já virou clichê. O que poucos sabem é que o 25 de dezembro não tem nada a ver com o nascimento de Jesus Cristo. O sucesso do livro “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, despertou uma mania: descobrir o que está por trás das nossas tradições religiosas cristãs. Natal é época de festa familiar e, por isso mesmo, gera alegria, mas muito mal-estar psicológico também. Mas, de onde surgiu mesmo esta comemoração? As informações abaixo não estão no livro, mas a leitura dele nos instigou a pesquisar mais sobre a vida de Jesus.



1. QUEM NASCEU, MESMO? O Natal – 25 de dezembro é, na verdade, o dia da festa do deus Sol Invicto (“Natalis Invicti”), também chamado Mitra, divindade oriental que chegou ao Ocidente através de Alexandre, O Grande, quando de sua vitória sobre o Império Persa, três séculos antes do nascimento de Cristo.


A festa do “Natalis Invicti” coincidia, no calendário juliano (anterior ao nosso atual, o gregoriano), com o solstício de inverno. Em todo o mundo civilizado, 25 de dezembro era data de festas para comemorar o nascimento de deuses: Mitra, o Sol Invicto, em Roma, na Grécia ou na Pérsia. Adônis, no Império Romano. Dioniso, na Grécia. Ou Osíris, no Egito.



2. O VELHO DEUS-MENINO. Mitra, o Sol Invicto, nasceu do deus-supremo Aúra-Masda, que despejou a sua luz sobre uma virgem, Anahira. O seu nascimento era celebrado como “o deus menino Mitra, que traz luz ao mundo” (você já ouviu isso em algum templo cristão, não é mesmo?). E mais: a representação de Anahira com o menino-deus Mitra é totalmente igual à de Maria com Jesus. Aliás, este é um mito recorrente: também Hórus, deus-menino no Egito, filho de Ísis e Osíris, é representado com a mãe de maneira igual às madonas que os pintores cristãos difundiram.

Os cristãos sempre estiveram divididos sobre se Jesus é um deus ou um homem-santo, mas mais divididos ainda ficam até hoje com a virgindade de Maria. Basta dizer que somente em 1854 (há pouco mais de 150 anos, portanto) a Igreja teve coragem de “oficializar” esta virgindade.



3. A MÃE VIRGEM. Buda, “O Iluminado”, também nasceu de um deus elefante que engravidou uma virgem. E até Alexandre, O Grande, para justificar a sua adoração como deus pelas tropas, era tido como nascido de uma cobra sagrada (sic) que teria visitado sua mãe, Olímpia. O povo, definitivamente, acredita em tudo. Já existem milhões de seguidores de um Deus Espaguete na Internet...



4. MORTOS E RESSUSCITADOS. Mitra, o Sol Invicto, também foi assassinado, como Cristo, e como Cristo, colocado num sepulcro de pedra e ressuscitou no terceiro dia. Tudo isso, séculos antes de Cristo. Mais “coincidência” do que isso, impossível: os bispos católicos do início do Cristianismo "chuparam" as histórias de outras religiões, de outros deuses, e atribuiram ao filho do seu Deus.



5. NATAL ERA EM JANEIRO. Na verdade, nos primeiros séculos do Cristianismo, o nascimento de Jesus era comemorado no mesmo dia da festa dos Reis Magos, em 6 de janeiro, porque não há um registro histórico sequer da data exata do nascimento de Jesus. Nem mesmo a Bíblia tem este registro. E a Igreja Ortodoxa (que é cristã e representa 300 milhões de pessoas na Europa e Ásia) continua comemorando em janeiro. Pegaram o 25 de dezembro porque era o nascimento de outros deuses reverenciados no Império Romano e, assim, podiam "roubar" crentes de outras religiões.



6. É CRISTO OU KRISHNA? Os presentes que Cristo teria recebido dos Reis Magos (ouro, incenso e mirra) são absolutamente os mesmos que o deus Krishna recebeu em seu nascimento nas escrituras hinduistas. Só que Krishna, deus na Índia até hoje, “nasceu” muitas centenas de anos antes de Cristo... Outra "chupada".



7. PROFETA OU DEUS? A divindade de Jesus Cristo só foi “oficializada” em 19 de junho de 325, no Concílio de Nicéia, convocado pelo imperador Constantino, do Império Romano. Este imperador era também o Sumo Pontífice do culto ao deus Mitra, o Sol Invicto, e só foi batizado depois de morto ou poucos minutos antes de morrer. Até 325, Cristo era tido pelos cristãos como apenas um profeta, como, até hoje, ele é reverenciado pelos muçulmanos e judeus. Só um profeta.



8. MANOBRA DA MÃE POSSESSIVA. O Natal só foi oficializado como nascimento de Jesus pelo imperador Constantino porque sua mãe, Helena (depois chamada de Santa Helena pela Igreja Católica), era cristã e guiava os passos do filho para a transformação da “Religião do Carpinteiro”, como era conhecido o Cristianismo, em religião oficial e única do Estado Romano. Como Mitra, o Sol Invicto, era o culto majoritário, era mais fácil impor o Cristianismo se as datas e liturgias mitraístas fossem absorvidas pela nova religião. E assim foi. Mas a oficialização do Natal se deu mesmo com o papa Libério, em 354. Isto é, 354 anos depois que Jesus teria nascido. Não é mole não!



9. UM SÍMBOLO CRUEL. A cruz, tão reverenciada pelos cristãos até hoje, não era o símbolo que os apóstolos usavam. Claro, Cristo foi crucificado pelo Império Romano. Como usar o símbolo do martírio do próprio líder? Mas Constantino, precursor de nossos marqueteiros modernos, necessitava de um símbolo simples para a nova religião (o cristianismo, com datas, símbolos e liturgias mitraístas). O peixinho (que agora você vê no fundo dos carros como adesivo...), que era o símbolo oficial dos cristãos, não tinha força e era difícil de ser desenhado e reconhecido. Então Constantino oficializou a cruz como símbolo da nova religião e fez colocar o símbolo no escudo de suas tropas. Uma maldade. E sob este símbolo Constantino matou seu filho, o cunhado, uma das várias mulheres, o sobrinho e milhares de “infiéis”, igualzinho os muçulmanos fazem hoje em dia.

E sabe aquela auréola dourada na cabeça dos santos católicos? É o disco solar dos deuses egípcios e de Mitra, o Sol Invicto. Não confiem em mim. Vão ao Google. É só ir lá e conferir. Em publicidade chama-se a isso “chupada”.



10. ROUBARAM A ÁRVORE. O Natal era uma festa também para os seguidores de Saturno, deus da agricultura em Roma, séculos antes de Cristo. E nas “Saturnálias”, no 25 de dezembro, o povo dançava e adornava árvores com máscaras de Baco, deus do prazer e das bebedeiras. Já os druidas (sacerdotes dos povos celtas), adornavam carvalhos com maçãs pintadas de dourado. Os egípcios colocavam folhas de palmeira dentro de casa em dezembro reverenciando seus deuses. Na Babilônia, Ninrode casou com a própria mãe e renegou Deus. Semíramis, a mãe, depois da morte prematura do filho Ninrode (chamado por ela “o Messias”, filho do Deus-sol, Baal), garantiu que ele ressurgiu dos mortos quando um pedaço de pinheiro renasceu do nada. Ressurreição e pinheiro. Por aí você já vê de onde o padre Martinho Lutero (1483-1546) tirou a idéia de enfeitar um pinheiro com velas na época do Natal... Lutero, posteriormente, renegou o Catolicismo e deu uma de Constantino e fundou a sua própria religião, o Protestantismo, que hoje você conhece como “evangélicos” ou “crentes”.



Em resumo, é triste informar que o Natal que os cristãos comemoram é uma festa pagã, do nascimento de deuses pagãos, com enfeites e simbologias pagãs. O Natal não tem sequer uma referência na Bíblia. Justo a Bíblia que os cristãos adotam. Mas, é óbvio, Natal é nascimento de outros deuses, anteriores à Bíblia...



* Texto publicado na “Tribuna da Bahia” em 21.12.2006.





Não se deprima. Natal é marketing. MESMO! 


Os prelados cristãos foram revestindo o Natal de várias simbologias que causam grandes alegrias em alguns, mas profundo desconforto na maioria: Jesus e sua família perfeita podem ser fonte de neuroses terríveis e dezembro, em todo o Ocidente, é um mês de muitos suicídios.


E por que isso? Porque a ignorância dos fatos que estão por trás do Natal é alimentada pela sociedade ocidental. Se você souber que Jesus não nasceu em 25 de dezembro não for suficiente (vide texto abaixo sobre origens da comemoração), pense ainda que, mesmo que fosse verdade que Cristo tivesse nascido nesta data, só 1,9 bilhão de pessoas acreditam nisso. O mundo tem 6,8 bilhões de habitantes e 1,7 bilhão são muçulmanos; 900 milhões são hinduístas; 870 milhões não têm religião alguma; 400 milhões são adeptos de deuses familiares chineses; 300 milhões são animistas (tipo os orixás) e mais de 170 milhões são ateus militantes. A maioria esmagadora (4,9 bilhões de pessoas) não acredita em Cristo e dia 25 estará fazendo tudo, menos ceia de Natal.


Portanto, você não está sozinho. E família perfeita como a de Jesus, nem se preocupe, só existe em comercial de margarina. Aquele papai-e-mamãe com filhinhos em volta da mesa? Assista ao filme "Parente é serpente" (tem em qualquer locadora) e veja a arte imitando a vida real: família é guerra, principalmente nestas festas... Se ligue nisso antes de se entregar à nostalgia...


Agora, que você sabe que Jesus não nasceu em dezembro, que não há uma linha sequer na Bíblia que fale em Natal e que “Natalis Invicti” é uma festa pagã para o deus Mitra, pode pedir comida chinesa delivery, assistir um bom filme, beber um bom vinho e... adeus depressão!

O PAPAI COCA

Já o Papai Noel que você conhece, até 1931, não era exatamente assim. Existiu um bispo cristão na antiga Turquia de nome Nicolau (280 d.C.). Ele era famoso por arrecadar coisas entre os ricos e distribuir para os pobres. Uma espécie de Teresa de Calcutá... Daí criou-se o mito do bom velhinho que distribui brinquedos no Natal. Só que ele era simbolizado como um velhinho vestido com roupas de frio... marrons.



Aí, em 1931, segundo texto da insuspeita revista “Pais&Filhos”, os marqueteiros da Coca-Cola resolveram embarcar no espírito natalino. Só que marrom só tem a ver com a cor do líquido, mas não com as cores-símbolo da empresa de refrigerantes: vermelho e branco. O que fizeram os marketeiros? Na campanha publicitária do Natal de 1931 a Coca-Cola inventou o novo Papai Noel: vestido de vermelho com detalhes brancos, a marca da... Coca-Cola.


Sim, é isso aí: o que nós reverenciávamos, quando éramos pivetes, e você ensina aos pimpolhos até hoje, é uma jogada de marketing de 1931. Da Coca-Cola.


Por isso que todo Natal todo mundo engorda pra diabo hehehehhehehee.

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