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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Por que dos nomes dos meses?

 Adaptação de
Krishnapriyananda Swami

Deusa Februália
o deus Jano, com duas faces
Por que janeiro é janeiro, fevereiro é fevereiro, e assim por diante? Qual a origem desses nomes? Pois é, eles são do primeiro calendário romano criado por Rômulo, em 753 a.C. Naquela época, o calendário só tinha dez meses e começava em março!

Foi o segundo rei de Roma, Numa Pumpílio (700 a.C.? – 673 a.C.), quem acrescentou mais 2 meses no início do ano e resolveu dar nome aos bois. Os meses mais antigos permaneceram com seus nomes originais e, mais tarde, alguns foram trocados para homenagear o imperador César Augusto:

Janeiro - O nome é uma homenagem ao deus romano Jano, guardião do universo e o deus dos inícios. O nome da cidade do Rio de Janeiro deve-se a este 'deus'.

Fevereiro - Referência ao festival romano Februália (onde ocorria rituais de purificação).

Março - Mais uma homenagem a um deus, dessa vez é Marte, deus da guerra.

Abril - Existem duas versões para a origem do nome desse mês: a primeira é uma homenagem à Afrodite, deusa do amor e da beleza, a qual nasceu das espumas do mar, que em grego é "afrós"; a segunda é a de que o nome tenha vindo do latim aperire, uma referência ao desabrochar das flores, já que em abril é primavera no hemisfério norte. Há, também o fato de que "abril" vem de "aprillis", do Latim, "abrir", uma referência à fertilidade dessa época do ano, e a terra que se abre para as novas colheitas. Lembra-se que o nome etrusco de Vênus é "aprus", portanto, percebe-se claramente a ligação do nome com a atividade da terra e a forma como as "deusas" a personificavam. 



Maio - Homenagem à deusa romana Maia, mãe do deus Mercúrio.

Junho - Mais uma deusa sendo homenageada: deusa Juno, protetora das mulheres e da maternidade.

Julho - O nome desse mês é uma homenagem ao imperador Júlio César. Antes da entrada dos meses de janeiro e fevereiro era chamado de quintillis, por ser o quinto mês.

Agosto - Agora é a vez dos imperadores: homenagem ao imperador César Augusto! Era chamado de sextillis, o sexto mês.

Já setembro, outubro, novembro e dezembro vêm do antigo calendário de Numa Pumpílio:

Setembro - Vem do latim septem (sete), o sétimo mês.

Outubro - Do latim octo (oito), o oitavo mês.

Novembro - Vem do latim novem, o nono mês

Dezembro - Do latim decem, o décimo mês

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O que são Anjos?

Swami Krishnapriyananda Saraswati
Gita Ashrama
2010

asas de fogo

Anjos
A palavra “anjo” (no Latim, angelu, e no Grego, ággelo: mensageiro), tem a sua origem primitiva no Brahmi, indo ao Sânscrito: “angiras, AiNGarSa( - pronuncia-se “ânguiras”; Seu étimo original aos sábios ou Rishis védicos, tais como Atharvan o Angira.  Na forma singular se diz “angira”. No Sânscrito “angiras” possui a raiz verbal em “ang”, verbo “ir”, tendo o sentido de “mover-se tortuosamente”, assim como o fogo. “Angiras” era quem literalmente levava o fogo para as aldeias e povoados, e também a «mensagem divina» dos textos védicos (antigamente tinha-se luz apenas pelo fogo). Por isso, “anjo” está associado a “mensageiro”. Os antigos Swamis, ou aqueles que são pertencentes à classe ou Ashrama dos renunciados (Sannyasas), freqüentemente, são referidos como Angiras, também conhecidos como “aqueles quem trazem o fogo”. Eles costumavam levar o fogo às aldeias e povoados carregando-o em recipientes especiais, não raro sobre as costas, o que às vezes lhes dava uma aparência de “asas etéreas”, posteriormente representadas no imaginário como asas de pássaros, devido provavelmente a associação com Garuda, o pássaro transportador de Vishnu, uma forma de Deus ou Brahman qualificado; Deus na forma de conservador.

Angiras
A denominação “angirasas” aparece muitas vezes como sendo uma denominação genérica dos textos Purânicos, também se referindo às coisas luminosas. Cita-se como Angiras os Pitris ou seja, os ancestrais do homem, sendo estes, provavelmente, descendentes do Sábio Angiras. Angiras é considerado o Prajapati, ou seja, o progenitor de cujos filhos e filhas a humanidade é descendente. Também nas Escrituras védicas há menção de dois grupos de Angiras, os primeiros são incorpóreos, chamados de Agnishvattas, e os corporificados, chamados de Angirasas, ou seja, descendentes de Angiras. Na Teologia védica, os AngirasManasaputras, tendo sido oriundos dos Agnishvattas ou AngirasKumaras (os filhos primordiais do Senhor Brahma, que não quiseram gerar progênie diretamente). Angira, por conseguinte, é considerado o filho de Agni, o Senhor do fogo, apesar de este aparecer em outros textos mais antigos como sendo descendente de Angiras. Angira é, também, o nome dado a estrela celeste Ursa Maior. No mais das vezes, “angiras” se refere ao que é luminoso e celeste. Portanto, o que é luminoso e do céu; portador da luz e da sabedoria.

Vedas
No Rig Veda, o Veda primordial, Agni Deva (o Senhor do Fogo), é algumas vezes referido como Angiras ou descendente de Angiras (Rig-Veda 1.1). Vemos no Rig Veda, por exemplo, o passatempo do Senhor Indra – o Senhor da Águas e dos céus – tendo liberado certa feita as cavas que haviam sido aprisionadas por um demônio chamado Vala, junto com vários outros que estavam sob o comando daquele, chamados Panis, presenteando-as para ao Angirasas (ver RV. 3.31, 10.108 e, também, 8.14). Atribui-se o 6º Mandala do Rig-veda para a família dos Angirasas. Outro aspecto interessante, devido a sua peculiaridade, é o fato de alguns dizerem que o Senhor Gautama, chamado o Buddha, era descendente do sábio Angirasa, conforme aparece em muitos textos de origem budista, mas estudiosos como o Dr. Eitel, diz tratar-se do Rishi Gautama, o propositor do Nyaya ou da lógica védica, e não o Buddha budista, o que nos parece ser mais adequado. Contudo, tanto um como outro (Gautama) eram Kshatriyas, e que sabemos ser o Varna originado pelos Angirasas, e ambos não tendo gerado filhos. Na antiga tradição, os sacerdotes eram no mais das vezes guerreiros também, o que pode gerar as confusões nas interpretações nos textos atuais.

Atharvan
Devemos fazer algumas considerações especiais ao Rishi Atharvan. A ele, especialmente, é atribuído o fato te ter sido ditado o Veda conhecido como “Atharva-Veda”, por isso a Escritura leva o Seu nome. Mas Atharvan é, também, mencionado nos outros três Vedas como no Rig, Yajur e Sama Vedas, por conseguinte, Atharvan é respeitado como sendo Maha-Angira (o maior dos Angiras), e é referido como sendo um dos sete sábios ou Saptarishis do primeiro Manvantara (era de Manu, o progenitor da humanidade), junto com Marichi, Atri, Pulaha, Kratu, Pulastya e Vashishtha. A esposa de Atharvan é chamada de Surupa, que teve os filhos Utatya, Samvartana e Brihaspati. Atharvan é um Manasuputra, filho nascido do Senhor Brahma, o pai da humanidade. Há relatos que Atharvan tivesse outra esposa conhecida como Smrithy, a filha de Daksha. O leitor poderá encontrar a denominação em muitos textos, que falam de Angira, como Atharvan e vice e versa.

Do étimo ao substantivo
O fogo era "aprisionado" em gaiolas,
Na maior parte dos textos religiosos antigos (mesmo os de tradição “Ocidental”, como do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo), encontramos a palavra “anjo”, e com certeza se está referindo aos sábios ou a um representante pertencente a classe dos sábios (mensageiros de Deus), bem como aos que levavam o fogo (muitas vezes em lamparinas). Vemos como exemplo os monges Essênios[1] (Sir. asaya= médicos; therapeutés no grego), que seguindo a tradição de levar o fogo sagrado, no mais das vezes, vestiam-se de branco, tendo em vista deixar bem claro a posição que ocupavam (de pureza ou purificadores).  Especialmente diferenciados dos demais “judeus” - os terapeutas - seguindo muito de perto a tradição védica,  os Essênios aboliam a propriedade privada; eram vegetarianos; não contraiam casamento; tomavam banho antes das refeições, sendo que a comida seguia uma rígida regra de purificação, e  eram totalmente contrários ao escravagismo. Estas características eram enumeradas como “santas”.

Ação prática
Como faziam todos os Angiras, eles se encarregavam de levar o fogo para as aldeias e povoados, uma vez que não havia uma maneira tão simples como hoje temos para conseguir o elemento ígneo. Itinerantes, os “anjos” levavam literalmente a luz para todos. No devido tempo, essa luz passou a tão somente a referir-se à luz do conhecimento divino; porta-vozes do Senhor Supremo. Unindo a missão de levar o fogo para aquecer e cozer com a de instruir e orientar pelas Escrituras (no mais das vezes guardada na tradição oral), os Sannyasis iam de aldeia em aldeia esmolando em troca de instruções.

om hari hara om tat sat


[1] Segundo Flávio Josefo, o historiador judeu oficial, os judeus dividiram-se em três grupos principais: Saduceus, Fariseus e Essênios, sendo que estes eram separatistas e ascetas, que viviam no deserto.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tudo Sobre Gurus

Ramananda Prasad

© Tradução para o Português de
Krishnapriyananda Swami

SOCIEDADE INTERNACIONAL GITA DO  BRASIL
Direitos Autorais reservados

2005- 2010

Originalmente publicado por
© INTERNACIONAL GITA  SOCIETY
Fremont, Ca 94536, USA
Sri Krishna, o Sadguru
O Guru
No Ocidente confunde-se aquele quem dá as orientações espirituais como um 'dono da verdade', quando na realidade é um parceiro na caminhada. O aniquilamento da vontade, o cerceamento crítico, a destruição da curiosidade, são atos típicos dos que desejam limitar, constranger, e enriquecer-se materialmente por sobre o desespero e sofrimentos dos outros. Quando falamos "guru" estamos falando de todos aqueles que de algum modo estão envolvidos na distribuição do conhecimento, e não necessariamente conhecimento de cunho religioso. Os seres humanos possuem muitas necessidades. Ao contrário dos animais irracionais, uma pessoa precisa de atendimento por muitos e muitos anos, e jamais poderá viver absolutamente sozinha, sendo que a tal 'reclusão' numa caverna, trata-se de um embuste absoluto. Assim o guru deverá libertar o discípulo da sua ignorância, e não escravizá-lo no seu egoísmo pessoal.

Quando alguém, com muito custo, consegue alcançar uma plataforma mais avançada do conhecimento, saindo da simples apreensão e do mero consumismo religioso, percebe que necessita de uma orientação de um Mestre Espiritual, então defronta-se com um grande problema: em quem confiar? O Sr. Krishna diz no Gita, 4.34, exatamente isso, que se alcança e se realiza o conhecimento espiritual quando nos aproximamos de alguém que realizou-O, portanto, devemos prestar serviço abnegado a tal pessoa. Mas não disse que deveremos ser eternamente dependentes desta pessoa, e não termos nenhum tipo de reflexão ou realização pessoal. No mais das vezes, seitas e grupos religiosos, com vícios de dependência num líder fundador ou carismático, tolhem sobremaneira o modo de pensar e refletir dos seus adeptos. Fazer críticas ou colocar questões que põem em dúvida o que está sendo imposto como uma verdade inquestionável é considerado 'ofensa'.  Desta forma, o pobre adepto da uma seita ou grupo fanático religioso, fica então escravo daquilo que optou por libertar-se. Um paradoxo sem dúvida. Se o guru deve ocupar a posição daquele quem liberta, transfere o conhecimento, e mostra o caminho da liberação do Samsara, como, então, justificar o aniquilamento que impõem sobre os seus seguidores? O Sr. Krishna jamais disse que alguém deve anular suas coisas ou deixar de fazer o que alguém pretende. Ele apenas orienta que as ações devem ser mediadas pelo conhecimento, para que não sejam simples atos irreflexivos e mecânicos, tal qual fazem os animais irracionais. Krishna nos liberta da opressão, do sofrimento e da ignorância, e jamais, em tempo algum, nos pune por estarmos na plataforma de condicionamento.

Um verdadeiro guru é aquele quem liberta da ignorância, e mostra o caminho através da realização espiritual. Colocar-se com suntuosas vestes; gestos mágicos e coisas do tipo, são apenas resquícios da ignorância teatral de um suposto 'discípulo'. Não se deixem levar por isso! Seja mais exigente; agir apenas pela emoção, sem reflexão, sem pensar no que se faz, é sim um ato insano, típico daquele que não compreende a consciência universal.

Krishna nos dá a liberdade de até mesmo criticá-lO, porque sem dúvida, o amor não se realiza apenas na passividade, mas no estar ativo na vida e em seus questionamentos.

Que possamos realizar a Verdade de forma livre, inteiramente desapegados de quaisquer coisas, até mesmo do guru.


hari hara om tat sat

Krishnapriyananda Swami


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O contato com grandes almas, que realizaram a verdade é de grande ajuda. Ler a escrituras, dar caridade, e fazer Sadhana apenas, talvez não dê realização de Deus. Uma alma realizada em Deus pode despertar e acender outra alma. Mas nenhum guru pode dar a fórmula secreta para a autorealização, sem a graça de Deus. Está dito que o nascimento humano, a fé em Deus, e a ajuda de um Sadguru vêm apenas pela graça de Deus. Os Vedas dizem: “quem conhece a terra, dá a direção que alguém deve tomar quando não sabe, e pergunta por ela (Rig-veda, 9.70.09). deve-se terminar a jornada por esforços próprios. As pessoas descobrem a verdade através de seus próprios esforços. A pessoa deve cruzar o rio pelo seu próprio barco, nas águas turbulentas do mundo. As pessoas descobrem a Verdade por seus próprios meios. Krishamurti disse: “Os preceitos da Verdade são essencialmente um processo individual”. Assim como o espectro da luz solar não é totalmente visível para visão humana sem um prisma, do mesmo modo, nós não podemos ver a luz de Brahman sem a graça do guru, Deus e do Gita.

Pessoalmente, nós sentidos que qualquer um que não compartilhe o conhecimento plenamente não ajuda nem o seu próprio progresso espiritual, e o progresso da sociedade, e dos seguidores. Os gurus Orientais devem aprender a arte de distribuir como o Ocidente. O progresso material do mundo deve-se principalmente a distribuição do conhecimento técnico e cientifico. Qualquer pessoa, que reúna o mínimo requerido, pode aprender qualquer coisa nas universidades, nos Estados Unidos. Os custos são acessíveis, e o que se requer não é muito difícil de reunir. Esse não é o caso com os assim chamados “mestres espirituais”, como eles têm escrito grosso modo. Mas apesar disso, se não todos, os mestres espirituais indianos (a quem este escritor tem encontrado nos Estados Unidos ou na Índia), são muito miseráveis. De fato, eles não estão servindo às pessoas, ou a seus discípulos. Eu espero que este artigo promova um conceito de verdadeira distribuição da riqueza espiritual, pelo possuidor da riqueza, para erguer a humanidade. O Senhor Krishna condenou àqueles que não ajudam os outros com o serviço abnegado ou Seva, num verdadeiro serviço, ou Nishkaam Karmam Yoga.

Os Vedas proíbem a venda de Deus de qualquer forma. Eles dizem: “Ó magnífico Senhor! de incontáveis riquezas, eu não venderei a Vós por qualquer preço (Rigveda, 8.01.0). A regra de um guru é que guie e dê, não que seja um “ usurpador”. Antes de aceitar um guru humano, deve-se, primeiro ter – ou desenvolver – plena fé no guru, e desconsiderar o lado débil do guru, não levando isso em consideração; pegue a pérola da sabedoria e jogue fora as cascas das ostras. Se não for possível fazer isso, então deverá lembra-se que a palavra “guru”, também significa “luz do Jñana”, o verdadeiro conhecimento transcendental, que dissipa a ignorância e a ilusão, trazendo-nos a luz – automaticamente – de Para-Brahman, o Param guru interno, quando a mente está devidamente purificada, por meio de um Sadhana sincero, Seva e rendição (Gita, 4.38). Deve-se seguir as escrituras com fé, especialmente nesta era onde é muito difícil de encontra um Sadguru.

Há quatro categorias de gurus: o falso guru, guru, Sadguru, e Paramguru. Nesta atual era, há muitos falsos gurus, que dizem ensinar (ou dar um Mantra), por um preço. Estes falsos gurus são mercadores de Mantra. Eles pegam o dinheiro dos discípulos para preencher as suas necessidades materiais, sem dar o Taartamya-vidyaa, ou Brahaman-jñanan, o verdadeiro conhecimento de Brahman. O Santo Tulasidas disse que, “pegar o dinheiro (ou qualquer tipo de Seva – serviço) dos discípulos e não remover a ignorância deles sobre a metafísica do Ser, é conduzi-los ao inferno (Tualasi Ramayan, 7.98.040). Jesus, também, disse: “Vigiais os falsos profetas; eles vêm para você como ovelhas pelo lado de fora, mas na realidade eles são lobos por dentro (Mateus, 7.15).

Um guru é quem deverá distribuir o verdadeiro conhecimento e dar o completo entendimento sobre Sat e Asat. O significado mais comum da palavra “guru”, diz respeito a uma pessoa que é experiente num determinado assunto ou matéria, um professor ou guia. Desta forma, qualquer um pode distribuir o conhecimento, qualquer que seja o que possua, material ou espiritual, tornando-se nosso guru. O Rishi Dattatreya teve vinte e quatro gurus, tanto humanos bem como não humanos, tais como: terra, água, fogo, céu, ar, sol, lua, bem como alguns pássaros, animais, e insetos, porque Ele aprendeu lições com aqueles seres.

Um Sad-guru é um mestre realizado, conforme mencionado no Bhagavad-gita, 4.34. Um Sadguru ajuda o devoto a manter a Consciência de Deus todo o tempo, pelo seu próprio poder espiritual. Quando, então, o Antah-karan, os sentidos sutis como a mente e o intelecto, está purificado. O Senhor Supremo, Sri Krishna, o Param guru, reflete-Se a Si meso no Chitta de um devoto, e envia um guru, ou Sadguru para ele.

Um verdadeiro guru é um doador. Ele jamais pede dinheiro ou taxa para um discípulo, porque ele depende de Deus, apenas. Um verdadeiro guru não deverá pedir qualquer coisa para um discípulo, ou pessoa, ou mesmo por um ganho organizacional. Portanto, um discípulo está apenas obrigado a fazer o melhor possível para ajudar a causa do guru, se de fato quer ajudar a promover o seu beneficio e dos outros.

A meta da Gita Society (IGS) é guiar e servir as pessoas sem uma taxa. Todos nossos serviços são absolutamente gratuitos. O sábio Yajñavalkya, e seu pai, também acreditavam que não se deve aceitar qualquer taxa de uma pessoa sem dar para ela instruções e entendimento (Brihadaaranyaka Upanishad, 4.01.01), de Aksharaateet ou Para-Brahman; Akshara ou Brahman, e Kshara ou Narayan, e Suas várias expansões como: Param-Siva, Paramaatma, Avyakt, Gaayatri, Durgaa, Kaali, Brahmaa, Vishnu, Mahesh, Purush, Maaya, Prakriti, e Jiva, junto com suas funções de relacionamentos, com algum e apenas o Deus Supremo. Esta é a maravilhosa tradição védica, que se algum modo se perdeu, devido aos conflitos pessoais e de interesses de organizações dos interesses dos gurus modernos.

        Nosso próprio Atman está dentro de todos nós é nosso Paramguru. No lado de fora, os professores apenas auxiliam-nos no começo da jornada espiritual. Nossa própria mente, quando purificada pelo Nishkaama Karma, oração, meditação, Japa, Kirtana (canto congregacional dos Santos Nomes), e estudo espiritual, torna-se o melhor canal e guia para o fluxo do conhecimento espiritual (veja-se, Gita, 4.38, e 13.22). A pessoa Divina dentro de todos nós é o nosso Paramguru, e todos devem aprender a sintonizar-se com Ela. Está dito que um não há guru maior do que a própria mente. Uma mente pura torna-se um guia espiritual e um guru interior divino, conduzindo-nos ao Sadguru, e autorrealização. É um dito popular que expressa que o guru aparece quando o discípulo está pronto. A palavra “guru” também significa “grande”, e é usada para descrever Brahman ou Paramaatam, o Paramguru e o guia interno.

O sábio mestre espiritual desaprova a idéia de cegar uma pessoa pelo serviço pessoa, ou culto ao guru, o quem é muito comum na Índia, e está sendo importado para cá. Um mestre espiritual auto-realizado que apenas Deus é o verdadeiro guru, e que todos são discípulos de Deus. Um discípulo deverá ser como uma abelha na procura do mel nas flores. Se uma abelha não consegue o mel numa flor, ela vai imediatamente para uma outra flor procurando pelo mel nela, trazendo o néctar. A idolatria cega de adorar um guru humano é um grande obstáculo no progresso espiritual, tanto do discípulo como do guru, e traz a queda do Hinduismo.

Deve-se seguir as Escrituras de sua própria escolha, com fé firme, especialmente nesta era onde é muito difícil de encontrar um verdadeiro guru. Aderir aos elevados ensinamentos contidos nas Escrituras irá evitar todo o mal, e levará para bondade. Se uma ponte é construída, mesmo uma formiga poderá facilmente cruzar um rio, não importando quão grande seja este rio. Similarmente, as Escrituras são pontes para cruzar o rio do Samsara.

A ignorância do verdadeiro conhecimento metafísico (Ajñanan), é o grande predicamento para a humanidade, e a raiz de causa de todos os males no mundo hoje. Há apenas um único e mesmo Deus, e todas as criaturas são Seus filhos, então é uma tolice brigar em nome do Pai! Em algumas religiões, no entanto, apenas alguns de seus membros de alguma seita são considerados favoritos de Deus, e outros são considerados infiéis. Os Vedas dizem, “Se deixe os nobres pensamentos virem até nós de todos os lados” (Rig-veda). Os ensinamentos das diferentes religiões são diferentes expressões do mesmo Supremo. Eles devem ser respeitados, e não considerados como sendo instrumentos de divisão. A dignidade e o bem-estar da humanidade repousa na unidade de raças e religiões. O verdadeiro conhecimento da religião quebra todas as barreiras, incluindo as barreiras existentes entre as fés. Qualquer religião, profeta, pregado, santo, Mulla, ou Pracharaj, que cria muro entre as pessoas, e ínsita o conflito e o ódio entre as pessoas em nome de Deus, não é um religioso, nem tampouco religião, mas um disfarce político egoísta.

Nós lemos na mídia, tanto na Índia como nos EUA, sobre homens santos, Swamis, e gurus, que se envolvem em atividades imorais e criminosas. Isso é uma clara sugestão que a roupa de cor açafrão não é sagrada. De fato, na Índia, muitos contrabandistas, bandidos e ladrões disfarçam-se de açafrão. Nos EUA, há muitos gurus falsificados, que trabalham por dinheiro, nome, fama e para a satisfação dos seus desejos materiais. Muitos destes falsos gurus não entendem as escrituras Védicas, e começam seus próprios ramos de “hinduismo”, e mais adiante declaram-se a si próprios como sendo Bhagavam (Deus), ou com algum outro nome pomposo. Eles distorcem os significados das Escrituras, citando passagens como: guru é Brahma, Vishnu, e Siva.. guru é tudo... então, dêem tudo para mim... estes “gurus” não sabem que nós podemos evocar as forças potenciais de energia cósmica pela contemplação da Deidade. Tais “gurus” sequer defendem o Hinduismo quando Ele é atacado, nem pregam para os pobres, doentes, pessoas consideradas inferiores, como Dalits, e outros fora da Índia.

Nos tempos históricos, havia muitos gurus como Vishmamitra, Vashishtha, Adi Sankaracharya, Ramkrishna, Dayananda Sarasvati, Vivekananda, Yogananda, Nanak Dev, Buddha, Mahama Mahavi, Cristo, Maomé, etc. Ainda hoje há muitas grandes almas que estão pregando e espalhando o Verdadeiro Conhecimento Védico. Então, aqui não estamos contra os gurus, mas apenas avisando para tomar cuidado com eles.         

Não pense que qualquer um que veste açafrão ou outro tipo de roupa sectária é um Jñani ou guru naturalmente. Seja muito cuidadosa antes de aceitar um guru, e tocar os seus pés. E lembre-se do ditado indiano: “paani piyo chhaan kar guru chuno jaan kar”, (Beba a água após filtra-la, e aceite um guru após completo conhecimento sobre Ele). Se ainda você não encontrou um verdadeiro guru, espere e lembre-se do que disse guru Nanak: “O melhor de todos os esforços é sempre se lembrar e repetir os Nomes de Deus dentro do templo do seu próprio coração”.

“Render-se cegamente a uma autoridade (guru), é uma indulgência emocional, e uma ilusória segurança, na qual o guru prospera”. Lembre-se sempre do verso sânscrito, dito pelo Senhor Krishna: Shri Krishnam Vande Jagad-gurum, [curvo-me diante do guru universal, Sri Krishna]”

Om Tat Sat

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

GĪTĀ JAYANTI

 

 Swāmi Śivanānda


© Tradução para o Português de

 Swāmi Kṛṣṇaprīyānanda Saraswatī

SOCIEDADE DA INTERNACIONAL GĪTĀ DO  BRASIL
SANĀTANA DHARMA BRASIL
Gītā Āśrāma

Porto Alegre, RS - Brasil
1997-2010 - 16ª Ed.

Sri Krsna "fala" o Gita para Arjuna

O SAGRADO GĪTĀ JAYANTI ou aniversário do Bhagavad-Gītā, é celebrado por toda a Índia por todos os admiradores e amantes desta mais sagrada das Escrituras no décimo primeiro dia (Ekadaśi) no brilhante mês de Margasīśa (Dezembro-Janeiro), de acordo com o calendário Hindu. Este é o dia em que Sañjaya narrou para o rei Dhritarashtra o diálogo entre Śrī Kṛṣṇa e Arjuna, e assim realizou os gloriosos ensinamentos do Senhor disponíveis para nós, e para todas as pessoas do mundo para todo o sempre.

O Gītā Jayanti assinala um grande dia na história da humanidade. Há aproximadamente seis mil anos atrás um deslumbrante relâmpago, de uma brilhante luz, iluminou o firmamento da civilização humana. Este relâmpago, esta maravilhosa refulgência espiritual, foi a mensagem do Bhagavad-Gītā, dada pelo Próprio Senhor Kṛṣṇa, no campo de batalha de Kurukśetra. Diferente de um relâmpago de luz comum, o qual some após alguns segundos, este brilhante relâmpago, deste dia histórico, continua iluminando através dos séculos, e ainda hoje ilumina o caminho da humanidade na marcha progressiva para a perfeição.

O Bhagavad-Gītā é a mais bela e verdadeira melodia filosófica. Ele contém lições sublimes sobre conhecimento e filosofia. Ele é o “Som Celestial”. Ele é um Evangelho universal. Ele contém a mensagem de vida que se aplica para todos, independentemente de raça, credo, idade ou religião.

O Bhagavad-Gītā foi dado para nós há aproximadamente uns seis mil anos atrás, por Śrī Kṛṣṇa, a encarnação do Senhor, diretamente para Arjuna, Seu mais devotado discípulo. Seus ensinamentos são baseados nos sagrados Upaniśaḍs, antigas escrituras; revelações metafísicas clássicas da Índia.

O Bhagavad-Gītā mostra a via do caminho acima do mundo da dualidade e dos extremos opostos, e nos orienta com o intuito de adquirir a eterna bem-aventurança e imortalidade. Ele é o testamento da ação. Ele ensina a rígida atuação daquele que é responsável na sociedade, e uma vida de esforço enérgico, mantendo o Ser interior intocável por coisas externas, e renunciando aos frutos das ações como oferendas para o Senhor.

O Gītā mostra um caminho para se trilhar acima do mundo da dualidade e dos pares de opostos, e como adquirir a bem-aventurança eterna e imortalidade. Ele é um evangelho da ação (Karma). Ele ensina o rigor do desempenho de alguém na sociedade, e o ativo esforço, mantendo o Ser interior intocável pelas coisas ao redor, renunciando aos frutos das ações oferecendo-as para o Senhor Supremo – Śrī Kṛṣṇa.

O Gītā é a origem do poder e da sabedoria. Ele fortalece vocês quando vocês estão fracos, e os inspira quando vocês se sentem deprimidos e fracos. Ele ensina a vocês como resistir às injustiças e a seguir o caminho da virtude e da retidão.

O Gītā não se trata de um mero livro ou de uma simples escritura. Ele é a viva voz que trás uma mensagem vital e indispensável para toda a humanidade. Seus versos incorporam palavras de sabedoria, advindas do infinito oceano do conhecimento, do Absoluto em Si mesmo.

A voz do Gītā é uma chamada para o Supremo. Ele é o som divino explicado. O primeva origem de toda a existência, todo o poder; o som manifesto: OM. Essa é uma palavra divina. Ela é Nada Brahman, cujo chamado incessante é: “Estejais sempre mergulhado na eterna, inquebrável, contínua consciência da Verdade Suprema”. Essa é a mensagem sublime que o Gītā constrói e apresenta em toda a sua compreensão, e de uma forma universalmente aceita. Essa é a mensagem do Gītā que eu desejo profundamente recordar e enfatizar para vocês.

Estar sempre consciente do Divino; sempre sentindo a presença Divina; viver sempre na consciência do Ser Supremo nas câmaras do seu coração e em tudo ao redor de vocês, isso é, de fato, viver uma vida de plenitudes e de perfeições divinas aqui na Terra. Tal constante relembrança de Deus lhes conferirá a libertação das garras da ilusão e irá libertar vocês de todos os temores. Esquecer-se do Supremo é cair dentro da ilusão. Esquecer-se d’Ele é ser atacado pelo medo. Viver uma inquebrável lembrança da Verdade Suprema é permanecer para sempre na região da luz, da paz e da bem-aventurança, o que está muito longe de ser alcançado pela ilusão e enganos.

Assinalem cuidadosamente como o Gītā enfatiza, sempre e sempre, esta grande mensagem.

O Senhor declara: “Mantenha vossa mente em Mim, e em Mim situa a vossa razão”.

Em outro verso Ele diz: “Portanto, todo o tempo lembre-se de Mim e lute. Você irá, com certeza, alcançar-Me, assim sendo dono de si mesmo”.

E, mais uma vez: “Execute a vossa ação ficando unido Comigo de coração”.

O Gītā orienta vocês para a glória com a senha: “Seja vossa divina tendência, devotando-se a Mim como sua meta, e deixando a sua mente subconsciente tornar-se divina”.

O Senhor, também, nos deu a seguinte garantia segura: “Eu Me transformo no salvador deste mundo mortal para aqueles cujas mentes estão alicerçadas em Mim”.

Tal é a mais iluminada mensagem do Gītā, mostrando o guia para a vida de perfeição, mesmo enquanto é executada numa função aqui mesmo. Há muito tempo que esta mensagem tem sido negligenciada pelo homem. Esquecendo-se do Senhor, o mundo direcionou-se em direção do sentido da indulgência e do dinheiro. Um preço terrível foi pago. Ó Homem! Pare com este esquecimento! O Senhor há nos prevenido contra a negligência: “Ainda que não haja egoísmo, vós não ouvirdes, então ireis perecer”.

É lastimável o fato de que os jovens e as jovens da índia dos dias de hoje sabem muito pouco sobre esta Escritura singular. Ninguém poderá considerar-se como tendo alcançado um bom padrão de educação se não tiver um mínimo de conhecimento do Gītā. Todo o conhecimento pós-graduado; todas as pesquisas das Universidades, são meras cascas de arroz quando comparados com a sabedoria do Gītā.

Viva no espírito dos ensinamentos do Gītā. Meras conversas e palestras não irão ajudá-los em qualquer caminho. Coloquem em prática os ensinamentos desta mais sagrada Escritura, e alcancem a paz e bem-aventurança eternas.

Essência do Gītā

A Figueira da sabedoria
 
O Gītā talvez possa ser sumarizado nos seguintes versos:

1. “Expressar a sílaba una OM, o Brahman, e lembrar-se de Mim na hora de partir, abandonando o corpo desta forma, se alcança a Meta Suprema”.

2. “É certo, ó Senhor, que ao Teu favor sejam os prazeres e delícias do mundo; os demônios fogem de medo de todos os lugares, e todas as hostes de Siddhas curvam-se diante de Ti!”.

3. “Com mãos e pés em todos os lugares; com olhos, cabeças e bocas em todos os lugares; com todos os Seus ouvidos, Ele existe no mundo, englobando tudo”.

4. “Quem quer que medite no onisciente, mais antigo governador de todo o mundo, menor do que o diminuto átomo, o suporte de tudo, de forma inconcebível, refulgente como o sol, estará além da escuridão da ignorância”

5. “Os sábios falam da Asvattha indestrutível, tendo as suas raízes e ramos para baixo, cujas folhas são hinos métricos; aquele que conhecesse isso é o conhecedor dos Vedas”

6. “E Eu estou sentado no coração de todos; de Mim vem a memória e o conhecimento, bem como as suas ausências; Eu sou o que é conhecido por todos os Vedas; de fato, Eu sou o autor do Vedanta, e o conhecedor dos Vedas”.

7. “Fixe a sua mente em Mim; seja devotado a Mim; sacrifique tudo para Mim; curve-se diante de Mim; estando assim unido com todo o seu Ser em Mim, tendo a Mim como o Senhor Supremo, verdadeiramente você virá até a Mim”.

Leia todo o Gītā aos domingos e em outros dias sagrados. Estude bem cuidadosamente os versos do segundo e décimo segundo capítulos, os quais lidam, respectivamente, com o estado de Sthitaprajña (o Yogī e os sábios perfeitos), e Yoga de devoção, nos dezoito versos nectários do capitulo 12, Bhakti-Yoga.

Apenas o estudo do Gītā é suficiente para o propósito de estudo escritural. Vocês irão encontrar a solução para todos os seus problemas. Quanto mais vocês estudarem o Gītā, com devoção e fé, mais profundo o conhecimento se tornará; mais penetrante serão Seus insights, e com muito mais claridade será os seus pensamentos. Ainda que vocês vivam tão somente no espírito de um só verso do Gītā, todas as suas misérias irão terminar, e vocês irão alcançar a meta da vida – paz e imortalidade eternas!

Ninguém mais que o Senhor Supremo, Śrī Kṛṣṇa, pôde trazer este livro maravilhoso e sem precedentes, o qual garante a paz para seus leitores, e o qual guia-nos para alcançar a bem-aventurança.

Os ensinamentos do Gītā são amplos, sublimes e universais. Eles não pertencem a nenhum tipo de seita, culto, credo, tempo, lugar ou país. Eles são queridos por todos. Eles estão dentro do alcance de todos. O Gītā tem uma mensagem de consolo, paz, liberdade, salvação e perfeição para todos os seres humanos.

No dia do Gītā Ashrama todos os aspirantes devem levantar as 4 horas da manhã, e desde o sair do sol até o pôr do sol recitar o Gītā. O método Samputa é usado, isso é, antes de dizer o verso seguinte, o seguinte verso dito, como a seguir:

sarva dharmān parityajya mām ekaṁ śaraṇaṁ vraja
ahaṁ tvā sarvapāpebhyo mokṣa yṣyāmi mā śucaḥ

Deste modo, entre dois versos, este verso é recitado duas vezes. Esse é um método extremamente eficaz de alcançar facilmente a Graça do Senhor e a Mãe Gītā.

Os aspirantes jejuam neste dia, porque é um dia de Ekadaśi. Competições são feitas entre as crianças, tendo em vista desenvolver os seus talentos na recitação do Gītā. As crianças um pouco mais velhas elas podem discursar sobre o Gītā. Este é um maravilhoso método de estudo desta Sagrada e única Escritura, o Bhagavad-Gītā.

A noitinha, um Satsang especial é realizado no qual os estudiosos, Yogīs e Samnyāsis falam sobre o Gītā. Folhetos, folders, e livros contendo os ensinamentos do Gītā, como também traduções da Sagrada Escritura, são distribuídos.

Tome uma resolução no dia do Gītā Jayanti, de que vocês irão, no mínimo, ler um verso a cada dia. Recite o décimo quinto discurso antes de vocês comerem uma refeição. Isso é feito, também, no Sivānanda Āśrama.

Tenha uma edição de bolso do Gītā com vocês o tempo todo. Assinalem alguns versos os quais inspiram vocês. Todos os dias, quando vocês forem pegar um ônibus ou trem, ou em qualquer lugar que estejam, façam uma ligeira leitura. Vocês serão sempre inspirados pelas palavras do Gītā.

Que todos vocês vivam nos ensinamentos do Gītā! Que o Gītā, a abençoada Mãe dos Vedas, guie e proteja vocês! Que vocês sejam nutridos com o leite do conhecimento antigo dos Ūpaniśaḍs.

Glória ao Senhor Kṛṣṇa, o Divino Mestre! Glória a Śrī Vyasa, o poeta dos poetas, que compôs o Gītā! Que Suas bênçãos caiam por sobre nós todos!

hari hara om tat sat