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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Aditya Hridayam


Aditya Hridayam

Swami Kṛṣṇaprīyānanda Saraswatī

prof. Olavo DeSimon


GITA ASHRAMA

Porto Alegre, RS - Brasil
 2006-2011

Sri Rama

OM Namo Bhagave Vasudevaya!
Om hram hreem hroum sah suryaya namah!

Bharata Aditi Hridayam
Vande Mataran! Salve nossa mãe Bharata, Aditi abençoada do coração!


Primeiramente deveremos compreender a ética védica (ou o Dharma) segundo o Sanatana Dharma, para então podermos tecer algum “juízo de valor” sobre os fatos. No mais das vezes, o ocidental comum não está acostumado à Filosofia, e quando alguém levanta algum tipo de questionamento em nome da “filosofia”, este quase sempre está carregado de ideologias, ou crenças pessoas e solipsistas, as quais não permitem enxergar além de idiossincrasias e ou solipsismos. Realmente, não é possível a compreensão do “ethos” de um outro grupo de pessoas, que normalmente são vistos como “estranhos morais”, sem o devido despojamento da ideologia cultural ou vícios culturais em que se está mergulhado e engajado. O pensamento filosófico é universal; contudo, a forma como alguém se aproxima dele é o que diferencia a Filosofia da ideologia. Por conseguinte, julgar de forma apressada a cultura religiosa de alguém, apelidando-a de “politeísmo”, por exemplo, é sem dúvida uma forma de Generalização Apressada, muito comum entre as falácias lógicas. Como poderíamos falar do ritual antropofágico, por exemplo, do ritual cristão de “comer o corpo e beber o sangue” do Senhor, se não estivermos devidamente preparados para compreender a transcendência dele? Também, como pode alguém ver que as inumeráveis formas da “Virgem Maria” trata-se da única e mesma pessoa, a Mãe de Deus? Para alguém que esteja fora do ethos católico, tantas “Santas Marias” parecem conduzir para um “panteísmo virginal”, mas sabemos que se trata de uma única e mesma pessoa. Isso não é diferente no Sanatana Dharma, e a respeito às formas de adorar a Deidade; um culto de unidade na diversidade.

As impressões trazidas pelos estrangeiros, quando viram a religiosidade da Índia - uma forma milenar de se relacionar com Deus sem ter uma instituição que se coloca como autoridade suprema antes de Deus – foram no sentido de pejorá-lA. Basta dizer que a palavra “índia” é um derivado do Latin, “indigenus” (sem alma), e “indígena”, ou seja, local onde ficam seres animais com aparência de gente; cara de gente, jeito de gente, mas são animais sem alma, gentios... Então, nesta visão pejorativa, “índia”, é o local onde ficam estes “animais sem alma”. A partir daí se generaliza que os “animais” não têm Deus, mas deuses; são politeístas; jamais compreenderiam um “deus único”, um deus nascido na concepção machista e centralizadora, sob a autoridade do porta-voz de Deus com nome de “religião”, etc. Mas o povo de Bharata (o nome verdadeiro da Índia) vê Deus em tudo em e em todos, porque somente há Deus e nada mais do que Deus. Tudo o que existe é Deus; bem e mau é faz parte dos pares de opostos da prakriti (natureza material), e na visão do Sanatana Dharma, somente quem vive apegado o mundo material é que não consegue compreender que todas as ações devem ser somente para Deus; que Deus é quem controla tudo, e o desfrutador de todas as coisas. Porque Deus é a única realidade existente, tudo o mais é Maya, mera fantasia, pura mimese.

Pancha Yajña
Sri Skanda
Na época de Sri Adi Sankaracharya, as cinco formas mais freqüentes de adorar a Deus, foram consideradas comuns em todas as partes da Índia, e por isso foram aceitas como Smarta ou “fundamentadas nos Vedas”, a saber: adoração a Surya Deva; a Devi; a Skanda-Ganesha; a Vishnu; e a Siva, e todas as subformas relacionadas a elas, com Seus inumeráveis nomes e aparências. Isso porque na visão ‘panteísta’ (tudo é Deus), tudo são representações da Unidade Suprema. A reverência a Vishvavanam, o Sol, o primeiro a receber as instruções transcendentais de Sri Krishna (considerado um Vishnu avatara), é mantida ao longo dos milênios. Mesmo Sri Krishna jamais negligenciou o Varna e Ashrama, bem como o Dharma Shastra. Essa védica tradição é iniciática, portanto, há todo um conjunto de reverências e ordem de adoração que deve ser seguido o tempo todo.

Etimologia e compreensão do Aditya Hridayam
No étimo sânscrito, Aditya significa “filho de Aditi”, a Divina Mãe; Aditi é a forma feminina primordial de Deus, na qual tudo foi gerado. É o culto a Devi, a forma feminina geradora, conservadora, e transformadora de tudo. Depois, Ela delegou as funções masculinas para Sua tríplice natureza. Na mitologia Airyana, os seres celestiais foram criados por Devi ou Aditi. Eles são seis, a saber: Mitra (o Sol), Varuna, Aryaman, Bhaga, Daksha, Anusha. Mitra é outro nome para Surya ou Savitri, e algumas vezes estes nomes aparecem como sendo distintos uns dos outros. Portanto, Aditya Hridayam é um hino ou cântico associado com o Sol ou Surya Deva; um dos controladores celestes primordiais. A história védica diz que o Mantra Aditya Hridayam foi cantado para Sri Rama por Agastya, antes da batalha com o demônio Ravana. A palavra sânscrita “Hridayam”, quer dizer “no coração”; que está no cerne de tudo. Então, uma tradução literal de Aditya Hridayam nos remete ao primeiro ser luzente criado - ser celeste - para que a vida pudesse ser possível na Terra. Segundo a cosmologia, tudo é emanado do corpo de Brahma, o criador, pela bênção geradora de Aditi, então o Sol, com seu esplendor, com sua fonte de energia de luz e calor, é considerado o centro vital para todos; a fonte de Prana. De fato, não há calor por sobre a Terra que não tenha origem no sol; mesmo o calor de nosso corpo é proveniente do sol, mesmo que seja retirado dos alimentos, uma vez que os vegetais possuem uma especial característica de captar a energia solar e transformá-la em nutrientes.

Aditi Gauri Devi
Por tradição, todos aqueles que estão vinculados ao Sanatana Dharma devem primeiro saudar quem é o governante de uma ação ou região. Pela ética dos Vedas, mesmo um rei deve saudar o comandante de uma ação, inclusive de seu inimigo, ainda que supostamente esteja numa posição inferior a sua no seu reino. O respeito ao Varna e Ashrama, na tradição iniciática védica, é algo muito importante. Sri Rama é Avatara de Vishnu, o Supremo controlador. Ele não precisa de nada, mas mesmo assim seguia a tradição da ética védica e o Dharma Shastra, a forma como alguém deve agir antes de qualquer ato ou ação (Karma). Veja-se que o fato de alguém estar numa plataforma de Shudra, por exemplo, não o torna mais inferior a de um Kshatrya ou de um Brahmana, desde que cada um cumpra com o seu dever. O fato de alguém pertencer a um determinado Varna não o torna superior ou inferior a outro, isso é uma diferença muito grande com a distorcida visão política do atual sistema de castas, e o que o Ocidente pensa sobre isso. A visão dualista ingênua, principalmente a Ocidental, tem dificuldades de entender o fato de o Supremo ser reverente a alguém, isso porque não compreendem o Varna e Ashrama, e o que vem a ser Acharya. Sri Rama é o governante da tradição solar. Ele é um verdadeiro Acharya, ou seja, faz o que ensina, e age de forma exemplar para os outros seguirem e imitarem o que faz. Suryadeva foi quem primeiro recebeu as instruções transcendentais do Senhor Vishnu ou Krishna, no início da humanidade, conforme vemos no verso 4.1, do Srimad Bhagavad Gita, a saber:

Sri bhagavan uvaca:
imam vivasvate yogam proktavan aham avyayam |
vivasvan manave praha manur iksvakave ‘ bravit (Bgita, 4.1)

Sri Bhagavam – Krishna – disse: “Este conhecimento do Yoga Eu instrui a Suryadeva ou Vishvavam; Vishvavam instruiu Manu, e Manu disse-o ao rei Ikshvaku.

Portanto, o histórico episódio de Rama, no Ramayana, recitando a oração para Vivashvam, relembra o fato de Sri Rama estar já fatigado dos acontecimentos, até chegar este momento crítico na luta final com o governador demônio Ravana - o Asura que havia raptado Sita -, tendo planos malignos para dominar a Terra.

É fato que toda a força energética na Terra advém de algum modo do Sol. O fato de Agastya ter orientado Rama a pedir forças para o Sol deve-se de que a estrela celeste, comandada por Surya Deva, localizada no centro do nosso sistema (por isso chamado solar), ser a fonte de toda a vida aqui neste planeta; a origem de todo o Prana ou energia vital, que mantém os corpos vivos e aquecidos durante a sua curta estada no planeta, é o Sol, o senhor soberano, fonte de toda a vitalidade. Então, se deve saudar o controlador celeste Surya Deva, e agradecer a Ele por sua imensa misericórdia em servir ao Supremo com tanta atenção e dedicação irreparável. Mas todos sabem que o sol não é Deus, mas um deva divino.

Sri Agastya Rishi Deva
Aditya Hridayam, recitado pelo Agastya Rishi para Sri Rama, e que Rama recitou em respeito ao Dharma, é um complexo ritual de adoração e respeito ao Brahman Supremo, e somente uma disposição Advaita ou não-dual pode compreender os Seus profundos significados. Aqui não há dualismo nem culto a uma Deidade diferente do Uno. Quem vê a unidade na diversidade, de fato vê a realidade; de outra forma, ilude-se no fenômeno ou em Maya. Passatempos envolvendo o Semideus do Sol se encontram em muitos outros textos. No Srimad Bhagavatam, uma importante obra onde estão os passatempos ou Lilas do Senhor Krishna, no canto 6, é narrado como Indra Deva teve certa feita que realizar o Escudo Narayana Kavaca, invocando Vishvavam, e assim afastar todo o temor e todo o infortúnio para vencer os demônios que estavam escravizando a Terra. Muitas vezes Suryadeva é representado como Vishnu de oito braços, isso porque ele ficou encarregado de iluminar a Terra e fornecer vida para os seres vivos. Surya Deva é um importante Deva que está a serviço do Supremo. Bem aventurado seja Savitri na sua função de dar vida ao Planeta Terra!

O panenteísmo védico
O Sanatana Dharma é panenteísta, ou seja, defende a idéia de que tudo é Deus ou Brahman (não confundir com Brahmaa que é o Guna Avatara Criador do mundo material); tudo emana d´Ele; tudo retorna para Ele. Todas as formas e representação de Deus são apenas Brahman, o Uno que está presente em tudo e em todos. No Bhagavad-gita está dito:

Vidya-vinaya sampanne
Brahmane gavi hastini
Shuni caiba sva-pake ca
Panditah sama darsinah 5.18

Um sábio e culto Pandita, de plena bondade, vê como iguais um brahmana, uma vaca, um elefante, um cachorro e um sem casta.

Ihaiva tairjitah sargo
Yesam samye sthiram manah
Nirdosam hi samam brahma
Tasmad brahmani te sthitah 5.19

Com certeza (aqueles que agem de forma a ver o Brahman em tudo e em todos), conquistam o renascimento nesta vida quem está situado com equanimidade, com a mente sem imperfeições, mas estando situados em Brahman (o Supremo), portanto, eles são como o Brahman.

Surya Deva com sua carruagem celeste
Hridayam está no cerne da tudo, ou seja, no coração. Vishnu é quem está presente no coração de todos. Então, uma tradução literal de Aditya Hridayam nos remete de forma reverente ao primeiro ser luzente criado para que a vida pudesse ser possível na Terra. O Sanatana Dharma segue a tradição de Guru Parampara, portanto, sempre reverenciamos nossos mestres espirituais na ordem de sucessão espiritual. Também, segundo a cosmologia védica, tudo é emanado do corpo de Brahmaa, o criador; então o Sol, com seu esplendor, com sua fonte de energia de luz e calor, é considerado o centro vital para todos, e quem primeiro escutou os sagrados ensinamentos da Verdade Suprema ou Yoga diretamente do Supremo.

Por tradição, todos aqueles que estão vinculados no Sanatana Dharma, devem primeiro saudar ao Guru, depois quem é o governante de uma ação ou região, e assim por diante. Sri Rama é o governante da tradição solar; ele tem a compreensão que o mundo material está sendo regido pelas três qualidades ou Gunas; e sabe que Suryadeva é a fonte de toda a energia aqui na Terra.

O histórico episódio de Rama recitando esta oração relembra o fato de Sri Rama estar já fatigado dos acontecimentos até chegar este momento crítico na luta final com o governador demônio Ravana, que havia raptado Sita. O fato de Agastya ter orientado Rama a pedir forças para o Sol deve-se de que a estrela celeste, localizado no centro do nosso sistema, ser a fonte de toda a vida aqui na Terra; a origem de todo o Prana ou energia vital que mantém os corpos vivos e aquecidos durante a sua curta estada no planeta.

Aditya hridayam, recitado por Agastya para Rama, e que Rama recitou, é um complexo ritual de adoração ao Brahman, e somente uma disposição Advaita ou não-dual pode compreender os Seus profundos significados.

A fato de alguém ser reverente aos controladores celestes, posição que receberam do Supremo para o ritmo cósmico em nada descaracteriza a adoração ao Uno ou Supremo. Brahman é único na Sua diversidade e multiplicidade. Assim como muitos objetos como vasos, potes, copos, xícaras, etc., são feitos do mesmo barro pelo holeiro, assim, também, as múltiplas formas são apenas acidentes de Brahman. Também, se deve compreender o Lila ou passatempos eternos do Senhor, e desta forma poder desenvolver a realização da liberação ou Moksha. A seguir, veremos os 31 versos do Aditya Hridayam Stotra, para melhor compreender o passatempo ocorrido no Ramayana:

Aditya Hridayam Stotram
Sri Rama

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Tato yuddhaparishraantam samare chinmayaa sthitam.
raavanam chaagrato drushtva yuddhaaya samupasthitam.1

Sri Rama, exausto e diante de Ravana, pronto para um novo combate, estava mergulhado em profunda meditação.

Daivataishcha samaagamya drashhtumabhyaagato ranam..
upaagamyaa braviidraama magastyo bhagavaan rishhi.. 2

O sábio Agastya, conhecedor onisciente, e que havia se juntado aos deuses para testemunhar a batalha (entre Rama e Ravana), falou as seguintes palavras para Sri Rama:

Raama Raama mahaabaaho shrnu guhyam sanaatanam .
yena sarvaanariinvatsa samare vijayishhyasi .. 3

Ó Rama, ó fortemente armado Rama, escute este eterno segredo, o qual irá ajudá-lO a destruir todos os Seus inimigos na batalha.

Aaditya hrudayam punyam sarva shatru vinaashanam .
Jayaavaham japennityam akshayyam paramam shivam 4

Este sagrado hino Aditya Hridayam é dedicado a deidade do Sol, e irá resultar na destruição de todos os inimigos, trazendo a você a vitória e eterna bem-aventurança.

Sarvamangalamaangalyam sarvapaapapranaashanam .
Chintaashokaprashamanam aayurvardhanamuttamam .. 5

Este é um hino supremo, e uma garantia para a completa prosperidade; um destruidor das impurezas, ansiedades, angústias, e confere longevidade.

Rashmimantam samudyantam devaasuranamaskritam .
Puujayasva vivasvantam bhaaskaram bhuvaneshvaram.. 6

Adorando-o, como possuidor dos raios, quando está completamente erguido; sendo reverenciado pelos Devas e pelos Asuras, e quem é o Senhor do Universo, pelo qual cuja efulgência ilumina a tudo;

Sarvadevaatmako hyeshha tejasvii rashmibhaavanah .
Eshha devaasuraganaa.nllokaan paati gabhastibhi .. 7

De fato, ele representa a totalidade de todos os seres celestes. Ele é autoluminoso, e a tudo sustenta com seus raios. Ele nutre e energiza os habitantes do todos os mundos e a raça dos Devas e Asuras.

Eshhah brahmaa cha vishhnushcha shivah skandah prajaapati .
Mahendro dhanadah kaalo yamah somo hyapaam patim .. 8

Ele é Brahmaa, Vishnu e Siva, Skanda, Prajapati. Ele é também Mahendra, Kubera, Kala, Yama, Soma e Varuna.

Pitaro vasavah saadhyaa hyashvinau maruto manuh .
Vaayurvanhih prajaapraana ritukartaa prabhaakarah .. 9

Ele é também os Pitaros, Vasus, Sadhyas, Aswini Devas; Maruts, Manu, Vayu, Agni, Prana e, sendo a origem de toda a energia e luz, é quem faz as seis estações.

Aadityah savitaa suuryah khagah puushhaa gabhastimaan .
Suvarnasadrsho bhaanu rvishvaretaa divaakarah .. 10

Ele é filho de Aditi; criadora do universo, inspiradora da ação; ele é o cruzador celeste. Ele é o sustentador, e a iluminação de todas as direções; o brilho de matiz dourado e quem faz o dia.

Haridashvah sahasraarchih saptasaptirmariichimaan..
Timironmathanah shambhustvashhtaa maartandam anshumaan 11

Ele é onipresente, e impregna tudo com seus raios incontáveis. Ele é o poder poder detrás dos sete órgãos; o dissipador da escuridão; o concessor da felicidade e prosperidade; o removedor do infortúnio e o infusor da vida.

Hiranyagarbhah shishirastapano bhaaskaro ravih .
Agnigarbhoaditeh putrah shankha shishiranaashanah 12

Ele é o ser primordial manifesto na trindade. Ele introduz solenemente o dia e é o mestre do Hiranyagarbha; o útero do fogo; filho de Aditi, e possui a imensa e suprema felicidade.

Vyomanaatha stamobhedii rig yajuh saama paaragah .
Ghana vrishhti rapaam mitro vindhya viithii plavangamah .. 13

Ele é o removedor da ignorância. Ele é o senhor do firmamento, o dissipador da escuridão. Ele é o mestre dos Vedas; ele é o amigo das águas que causam chuvas. Ele cruza a montanha Vindya e ostenta o Brahma Nadi.

Aatapii mandalii mrityuh pingalah sarvataapanah .
Kavirvishvo mahaatejaa raktah sarva bhavod hbhavah .. 14

Ele, cuja forma circular é colorida de amarelo, é fortemente absorvida e causa morte. Ele é o destruidor de tudo, e o ser onisciente que sustenta sumamente o universo com sua energia e todas as ações.

Nakshatra grahataaraanaam adhipo vishva bhaavanah .
Tejasaamapi tejasvii dvaadashaatman namostute .. 15

Ele é o senhor das estrelas, planetas e constelações. Ele é a origem de tudo no universo, e a causa do brilho dos seres brilhantes. Saudações a Ti o ser Uno, manifesto nas doze formas do Sol.

Namah puurvaaya giraye pashchimaayaadraye namah .
Jyotirganaanaam pataye dinadhipataye namah .. 16

Saudações as montanhas do Leste e do Oeste; saudações ao senhor dos corpos estelares, e ao senhor do dia.

Jayaaya jayabhadraaya haryashvaaya namo namah .
Namo namah sahasraa.nsha aadityaaya namo namah .. 17

Salve Aditya (filho de Aditi), a quem concede a vitória e prosperidade aos seus seguidores. Saudações a quem possui cavalos dourados, e milhares de raios.

Namah ugraaya viiraaya saarangaaya namo namah .
Namah padma prabodhaaya maartandaaya namo namah .. 18

Saudações ao terrível, ao herói, a quem viaja rápido. Saudações para aquele cujo surgimento faz brotas o lótus; ao aguerrido e onipotente.

Brahmeshaana achyuteshaaya suuryaayaadityavarchase .
Bhaasvate sarvabhakshaaya raudraaya vapushhe namah .. 19

Saudações ao senhor de Brahma, Siva e Achuta; saudações ao poderoso e refulgente Sol, quem é tanto o iluminador e devorador de tudo, e é de forma tão aguerrida como Rudra.

Tamoghnaaya himagnaaya shatrughnaaya amitaatmane .
Kritaghnahanaaya devaaya jyotishhaam pataye namah .. 20

Saudações ao Atma transcendental, quem dissipa a escuridão, ao medo e destrói todos os inimigos. Saudações ao aniquilador do ingrado, e o senhor de todos os corpos celestes.

Tapta chaamiika raabhaaya haraye vishvakarmane .
Namastamo.abhinighnaaya ruchaye lokasaakshine .. 21

Saudações ao senhor brilhante como outro derretido; ao fogo transcendental; ao fogo do conhecimento supremo; ao arquiteto do universo; destruidor da escuridão; saudações novamente a efulgência que é testemunha cósmica.

Naashayatyeshha vai bhuutam tadeva srijati prabhuuH .
Paayatyeshha tapatyeshha varshhatyeshha gabhastibhih .. 22

Saudações ao Senhor quem destrói tudo e cria tudo novamente. Saudações para quem com seus raios consome a água, aquecendo-a, e devolvendo-a na forma de chuva.

Eshha supteshhu jaagarti bhuuteshhu parinishhthitah .
Eshha evaagnihotramcha phalam chaivaagnihotrinaamh .. 23

Saudações ao senhor que é o habitante no interior do coração de todos os seres, mantendo-os despertos quando então dormindo. Ele é tando o fogo do sacrifício como o fruto desfrutado pelos adoradores.

Vedaashcha kratavashchaiva kratuunaam phalameva cha .
Yaani krityaani lokeshhu sarva eshha ravih prabhuh .. 24

De fato, o Sol é o senhor de todas as ações no univeso. Ele é realmente os Vedas; os sacrifícios mencionados n´Eles, e os frutos alcançados na realização dos sacrifícios.

Phala Stuti

Enamaapatsu krichchhreshhu kaantaareshhu bhayeshhu cha.
kiirttayanh purushhah kashchin naavasiidati raaghava .. 25

Raghava, aquele quem recita este hino numa ocasião de perigo; durante uma aflição ou quando se perdeu no deserto, e tendo medo, ele não desistirá, tornando-se bravo.

Puujayasvainamekaagro devadevam jagathpatimh.
Etat.h trigunitam japtvaa yuddheshhu vijayishhyasi .. 26

Raghava, adore este senhor de todos os deuses e do universo um ponto fixo de devocao. Recite este hino três vezes, e você irá vencer na batalha.

Nasminkshane mahaabaaho raavanam tvam vadhishhyasi.
Evamuktavaa tadaa.agastyo jagaamh cha yathaagatamh .. 27

O magnífico soldado, você triunfará sobre Ravana neste exato momento. Tendo dito isso, Agastya retornou ao seu local original. Raghava libertou-se do Seu tormento por ter escutado isso.

Etachchhritvaa mahaatejaa nashhtashoko abhavattadaa.
Dhaarayaamaasa supriito raaghavah prayataatmavaanh .. 28

Ele ficou enormemente agradado e Sua bravura brotou de forma energética e renovada.

Rraavanam prekshya hrushhtaatmaa yuddhaaya samupaagamath.
Sarva yatnena mahataa vadhe tasya dhritoabhavath .. 30

Purificando-Se a Si mesmo, borrifando água três vezes no Seu corpo, Ele ergueu o Seu arco, com Seus braços magníficos. Vendo Ravana vindo para a luta, Ele colocou adiante todo o Seu esforço, com a determinação de destruir o demônio Ravana.

Atha ravi ravadanam nirikshyam raama
Muditamanaah paramam prahrishhyamaanah.
Nishicharapatisa nkshayam viditvaa
Suragan amadhyagato vachastvareti .. 31

Então, sabendo que o senhor dos ladrões da noite (Ravana) estava se aproximando, Aditya (Surya Deva), que estava no centro da assembléia dos deuses, olhou para Rama e exclamou: “Apresse-se!”, com grande deleite. Purificando-Se com água três vezes, Ele tomou Seu arco com Seus braços; vendo Ravana vir para lutar, Ele colocou todas as Suas forças e destruiu Ravana.

Hari Om Tat Sat