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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Manu e a lenda do peixe

Manu e a lenda do peixe
‘histórias do Mahabharata’
coletado do Matsya Purana

Krsnapriyananda Swami


Matsya reboca a arca de Manu
Puskara dasa

Conta a lenda, que há muito tempo atrás viveu um homem chamado Satyavrata, conhecido como Manu. Ele era um tipo de sábio, e vivia muito feliz dentro de uma floresta. Certo dia ele estava sentado na beira do rio, quando ouviu uma voz baixa de um pequeno peixe: “- óh! Manu, sou um peixinho necessitado, e estou sendo amedrontado por uma grande peixe que deseja me comer. Por favor, salve-me deste mar de terrores, e tome cuidado de mim. Um dia eu lhe recompensarei por sua bondade”.


Manu ficou tomado pela compaixão, então curvou-se e o peixe pulou em suas mãos; tomando-o cuidadosamente. As escamas do peixe brilhavam como a lua, e Manu colocou o peixinho dentro de um vaso de barro. Este peixe era, na realidade, uma encarnação de Vishnu, o conservador.


Um dia o peixinho disse: “-óh! Manu, não há mais espaço para mim dentro deste vaso. Por favor, coloque-me dentro de uma casa maior”. Então Manu colocou o peixe dentro de uma grande piscina, e ele viveu ali por muitos anos. Depois de um tempo, o peixe disse a Manu: “- óh pai! Por favor, coloque-me no rio Ganges; eu desejo viver lá”. Então Manu pegou o peixe e o carregou até o rio Ganges. O peixe então viveu no Ganges por um bom tempo, mas um dia vendo Manu nas margens do rio, aproximou-se dele e disse: “- óh Manu!, por favor coloque-me no Oceano. Eu cresci tanto que não posso mais viver dentro do Ganges!”. Então Manu ergueu o peixe, e apesar de ser tão grande, Manu pegou-o e carregou-o até o Oceano. Então o peixe, de forma afetuosa, disse para Manu: “óh! Amigo generoso!, você tem tomado conta de mim por todos estes anos; escuta agora como eu irei fazer o mesmo por você. Muito em breve o mundo será submerso devido a um grande Dilúvio, e tudo irá perecer. Você deverá construir por si mesmo uma arca bem forte, e levar uma grande corda para amarrar no barco (que com o tempo se transformará na grande serpente Vasuki). Você deverá levar nesta arca os sete sábios, que existem desde a origem dos tempos, bem como a semente de todas as coisas. Além de isso, um casal de cada animal vivente na Terra. Quando tudo estiver terminado, eu virei até a você com chifres em minha cabeça. Não esqueça de minhas palavras, porque de outra forma você não irá escapar do Dilúvio”.


Manu e os sete sábios
Tendo escutado isso do peixe, Manu iniciou a construir a arca pessoalmente; pegou as sementes de todas as coisas, os sete sábios, e um casal de cada animal, embarcando-os, quando as águas vieram e levaram a embarcação. Assim ficaram por 40 dias de chuvas sem parar. Mas um dia avistaram o peixe com o grande corno, jogando a corda por sobre ele. Então o peixe começou a rebocar a arca entre as ondas agitadas. Todo o mundo estava coberto pelas águas, e nada mais era avistado a não ser a arca de Manu. Durante muitos anos o peixe rebocou a arca por sobre as águas, e por fim, alcançou as montanhas do Himalaia. Sob o comando do peixe cornudo, eles amarram a arca no topo de uma montanha, escutando o seguinte: “- óh! Homens de sabedoria! Eu sou o criador de tudo. Eu tomei a forma de um peixe e os salvei desta grande enchente. Com minhas bênçãos, Manu irá mais uma vez encher o mundo com vida”! Neste local foi realizada a primeira oferenda ou Aarati, constituindo-se de leite, fogo em manteiga ou ghee, incenso e água aromática, e através dos tempos ficou conhecido como 'monte do Aarati" (ararath em árabe)


Com estas palavras o peixe desapareceu, e Manu tornou-se o pai na nova raça de entidades vivas.

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Manu e termos derivados

Krsnapriyananda Swami

Igs brasil
2011



Manu acolhe o peixinho
Premavilasa dasa
O Cologne Digital Sanskrit Lexicon, da Universidade de Cologne, nos apresenta uma lista de palavras derivadas de “manu”, sendo que esta palavra em si possui uma grande quantidade de sentidos. Manu é considerado o pai moral da humanidade, sendo que ‘humanidade’ é, também, provavelmente uma palavra derivada dele. 


Entre alguns dos resultados de sentidos e aplicação para a palavra ‘manu’, encontramos: “pensamento”, “sabedoria”, “inteligência”, “a criatura pensante”, “homem”, “irmão” (mano, na gíria brasileira), “humanidade”, “oposição a espíritos do mal”, “filhos do homem”, “o Homem por excelência”, “o pai ou progenitor moral da raça humana”, ou Prajapati (Manu foi o primeiro a ter instituído cerimônias religiosas e sacrificiais, estando associado aos sábios Rishis Kanva e Atri). Também Manu aparece como sendo uma espécie de “criador secundário”, tendo iniciado seus trabalhos de reconstrução da humanidade produzindo 10 Prajapatis ou Maharishis, dos quais o primeiro foi Marici ou a “luz”; a este Manu relaciona-se o Códice ou Código de Manu, o “ManusaMhitA”, e também os antigos trabalhos em sUtra sobre Kalpa e GrIhya, atos sacrificiais e domésticos. Manu é também chamado de Hiranyagarbha, e Pracetas, como filho de Pracetas. Os próximos cinco manus são chamados de Svarochisha, Auttami, Talmasa, Raivata, Calkushusha. O sétimo Manu é chamado Vaivasva, nascido do Sol, ou da sua piedade – satya vrata – sendo considerado o progenitor da raça atual. Como Noé no Antigo Testamento, foi avisado por Vishnu na forma de um peixe, que haveria um grande dilúvio, e que deveria construir uma grande nave, colocando nela um casal de cada espécie, preservando os sete sábios e as Escrituras ou Vedas. Manu é descrito de varias formas e maneiras como sendo um dos 12 Adityas, o autor do Rig Veda – o mais antigo dos Vedas -, irmão de Yama – senhor da morte -, filho do Sol, sendo então chamado e Vaisvata; o primeiro fundador do reino Ayodhya; pai de Ila quem desposara Budha; filho da Lua; iniciador das duas grandes raças, solar e lunar). Manu também significa pensamento – manas -; a palavra manu também se refere a um escrito sobre conduta humana; oração, encantamento, fala ou mantra; poderes mentais. Manu é considerado o antigo ancestral do povo germânico, portanto, o pai dos Hunas ou Hunos. Foi para Manu quem Vishnu apareceu como uma encarnação de peixe – Matsyavatara – convidando-o a construir uma gigantesca arca, e nela colocar um casal de animal segundo sua espécie, bem como proteger as escrituras e os setes sábios. O trama todo envolve um imenso Dilúvio que durou 40 dias e alagou toda a Terra.


Vejamos algumas palavras em sânscrito (algumas estão dentro da língua Portuguesa) e a palavra ‘manu’:


Manu= “pensamento”, “sabedoria”, “inteligência”, “a criatura pensante”, “homem”, “irmão” (mano, na gíria brasileira), “humanidade”, “oposição a espíritos do mal”, “filhos do homem”, “o Homem por excelência”, “o pai ou progenitor moral da raça humana”, ou Prajapati.
Man = homem (como no inglês)
Manus = civilizados; humanos
Manubhu = um homem.
Manuja= nascido de Manu; uma pessoa; uma pessoa ilustre qualquer,
manujAta= descendente dos homens ou de Manu; um homem.
Manurita= amigável aos homens; bom para os homens.
MAnuSya  =  que é bom e favorável aos homens; pertencente a humanidade; humano; ser humano; a raça de homens; remédios para humanos; humanidade;
MAnuSatva = o estado ou condição da natureza humana; irmandade, humanidade, coragem;
amAnuSa=  não humano, qualquer outro ser menos uma pessoa; um demônio.
O leitor poderá encontrar mais de uma centena de palavras contendo o radical ‘manu’, pesquisando diretamente no léxicon da Universidade de Cologne.

Fonte
Sanskrit Lexon –Cologne

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Você está se tornando um ‘hindu’


Você está se tornando um ‘hindu’

Krsnapriyananda Swami

“A Verdade é una, mas os sábios falam dela por diferentes nomes” Rig Veda
 
Recentemente conversando com minha sobrinha por chat de computador - alguém  que fazia tempo não via -, e  numa pequena conversa pelo Messenger  sobre Ética e Moral, deparei-me com um fato interessante, a grande maioria dos conceitos que ela mantinha, tendo em vista sustentar seus argumentos, eram advindos do Sanatana Dharma, e de modo algum estavam conceituados dentro do tradicional pensamento judaico-cristão, de uma sociedade tradicionalmente classificada como ‘cristã’, (justifica-se a expressão judaico-cristã, porque o cristianismo é uma religião de fundo judeu; seu fundador é judeu, e a terra que os cristãos tem como santa é judia, etc.). Mas sei que ela não segue o ethos ‘hindu’. Até um certo ponto tudo bem, mas o fato é que minha posição pessoal e de estudos do Sanatana Dharma, e envolvimento com minha jovem sobrinha na conversa no chat, sobre estes conceitos, levantou-me a questão: até que ponto somos mais ou menos cristãos no mundo de hoje? Tendo tantas influências na mídia, como no caso dos televangelhismos (sem dúvida uma praga cultural enervante nos canais abertos de T.V., etc.), será que alguém consegue escapar da lavagem cerebral do ‘bombardeio’ cristão? Sim, não desprezo a inteligência de minha sobrinha, sem dúvida é uma estudiosa. Mas se havia visto minha sobrinha antes, fora uma ou duas vezes quando ainda ela era um bebê;  depois o tempo se encarregou de separar 24 ou 25 anos quaisquer contatos com ela. Pensei, ‘minha influência deve ser notável’, mas de fato isso foi apenas uma elucubração do meu pobre egoísmo ingênuo. Então fui atrás de outros jovens não ‘hindus’; ouvi deles coisas bem semelhantes. Palavras como ‘karma’, e ‘reencarnação’, ‘cremação’, por exemplo, encheram as frases ditas por eles. Então pensei, “pode ser então que estamos diante do fenômeno ‘internet’ e as informações em massa que em tempos de era Google se tornaram jargões; não está sendo refletido”. Mas o fato de levar adiante uma pesquisa sobre a decadência do pensamento moral judaico-cristão e o crescimento do pensamento ‘hindu’ ficou martelando na minha cabeça, contudo, tornou-se irrelevante. Isso ficou perdido entre tantos projetos que se iniciam e ficam esperando ser terminados. Surpresa! Hoje recebi um texto via e-mail da IGS International; Sri Ramananda Prasad gentilmente me enviou o texto a seguir, escrito por Lise Miller, uma correspondente da Newsweek Internacional. Faz tempão que fora publicado, mas veio como uma luva para responder minhas dúvidas. Afinal, nem eu nem minha sobrinha estamos alijados do mundo da era Google, mas o assunto é mais interessante do que pensava. Vejamos então, o que nos diz Lise Miller.

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Nós somos todos ‘hindus’ agora
Por
Lisa Miller 

Newsweek
Publicado em 15 de Agosto de 2009 (edição datada do dia 31/08/2009)



A América não é mais uma nação cristã. Fomos, de fato, fundados por cristãos, e conforme o senso de 2008, 76% de nós continuam a identificar-se como cristão (apesar de ser a mais baixa porcentagem na história da América). Certamente, também não somos uma nação ‘hindu’ -  ou muçulmana, judia, ou Wicca. Mais de um milhão de ‘hindus’ vivem nos Estados Unidos, uma pequena fração entre os mais de um bilhão existentes na Terra. Mas uma recente apuração mostra-nos que conceitualmente, de algum modo, estamos nos tornando lentamente mais como ‘hindus’ e menos como cristãos tradicionais, nos modos de pensar em Deus, em nós mesmos, uns nos outros, e na eternidade.


O Rig Veda, a mais antiga escritura ‘hindu’, diz o seguinte: “A Verdade é una, mas os sábios falam dela por diferentes nomes”. Um ‘hindu’ crê que á muitos caminhos para Deus. Jesus é um deles; o Corão outro, e a prática de Yoga, um terceiro. Nenhum é melhor do que outro; todos são iguais. Mas o mais tradicional, é o fato de que cristãos conservadores jamais ensinaram coisas como esta. Eles aprenderam na escola dominical de que a religião deles é a verdade, e que as outras são falsas. Jesus havia dito “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega ao pai exceto através de mim”.

Os americanos não engolem mais isso. Conforme o senso Pew Forum de 2008, 65% de nós crê que “muitas religiões podem conduzir à vida eterna”, incluindo os 37% dos evangélicos, provavelmente o grupo que mais crê na salvação como sendo somente deles. Também, o número de pessoas que veem a verdade espiritual fora da igreja está crescendo. Trinta por cento (30%) dos americanos chamam-se a si próprios de “espirituais e não religiosos”, conforme a apuração da Newsweek em 2009, quando eram 24% em 2005. Sthephen Prothero, professor de religião na Universidade de Boston, enquadrou a propensão americana como “a divina religião deli-cafeteria” (provável analogia com ‘delicatessen’), como “muito mais no espírito do ‘hinduísmo’. Você não pega e escolhe de diferentes religiões, porque elas são as mesmas”, ele diz. “Isso não é respeito a ortodoxia. Isso é cerca qualquer ação. se você faz Yoga, grande! – e se você vai a missa católica, grande!. E se você vai na missa católica, faz Yoga, dá uma fugida no Budismo, isso é grande! também!”

Então vem a questão do que acontece com você quando você morre. Os cristãos, tradicionalmente, creem que seus corpos e almas são sagrados, e que juntos eles englobam o “ser”, que no final dos tempos eles serão reunidos na ressurreição. Você precisa de ambos. Em outras palavras, você necessita do seu corpo eternamente. Mas os ‘hindus’ não creem em coisas assim. Na morte, o corpo é queimado numa pira, enquanto que o espirito – o que realmente somos – escapa. Na reencarnação, central no ‘hinduísmo’, a pessoa retorna sempre à Terra em diferentes corpos. Então, aqui neste aspecto há outro modo no qual os americanos estão se tornando mais ‘hindus’. Vinte e quatro por centro (24%) dos americanos dizem crer em reencarnação, de acordo com o senso Harris Poll de 2008. Como fazem os agnósticos, nós estamos cada vez mais optando pela cremação do corpo, assim como fazem os ‘hindus’. Mais de um terço de os americanos agora escolhem a cremação, conforme a Associação de Cremação Norte-americana e, 2009, onde antes era de apenas 6% em 1975. 


Diana Eck, professora de religião comparativa de Harvard, diz, “Eu penso que o papel espiritual da ressureição tende desacenturar cada vez mais da sua interpretação literal”
Permita-nos todos então dizermos, ‘OM’.


Veja mais artigos (inglês)



Texto original na Página da Newsweek de Lisa Miller

- Lisa MIller é autora do livro "Heaven, our enduring fascination with the afterlive!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Hajar Aswad - o Linga de Mecca

Swami Krsnapriyananda Saraswati
(Olavo DeSimon)
IGS Brasil
2011

Hajar Aswad, vista de frente



Hajar Aswad
Uma das mais antigas tradições religiosas do mundo é, sem dúvida, a veneração ao Siva Linga. Presente na história da humanidade, de tempos imemoriais, no mais das vezes,  o ícone tem o formato de uma pedra cilíndrica, descansando por sobre uma bacia. Lingam tem o significado de ‘marca’, ‘sinal’, e associa-se a Siva, o poder transformador do Absoluto. Este símbolo é adorado em centenas, senão milhares, de templos em toda a Índia, e ao redor de todo o mundo. O Linga é também considerado o símbolo da energia masculina ou o Phalus. No mais das vezes, Siva Linga é representado junto com a Yoni, o símbolo da fertilidade, também chamada de Shakti ou energia criativa feminina. A união de Linga-Yoni representa a indivisibilidade masculina-feminina; o ativo e passivo espaço de tempo de onde a vida se origina. Também é atribuído ao Siva Linga a representação da natureza infinita de Siva, sem começo e sem fim. Siva não se trata de uma pessoa propriamente dita, sendo que está presente na mitologia religiosa de inumeráveis povos antes dos tempos conhecidos como históricos. Sumérios, babilônios, egípcios, hititas, hunas, etc. etc. não necessariamente nesta ordem, adoravam Siva (Sheeva), sendo inclusive um dos meses do calendário hebreu ou judaico dos dias atuais (Sivan, maio-junho). Ao culto ao Linga está presente entre os povos primitivos da América do Sul e do Norte, sendo encontrado ao redor de todo o mundo pré-histórico.

Praça São Pedro, vista aérea.
Nós podemos ver claramente a presença do Siva Linga na Praça São Pedro, no Vaticano, onde fica a cede central da Igreja Católica. O formato da praça na forma de Yoni, tendo no seu centro um Linga na forma de menir, é significativo. Não é necessária imaginação extra para perceber claramente a influência do primitivo culto.

No mundo Islâmico
Kaaba, e onde se encontra Hajar 
Não nos é de estranhar que este símbolo da tradição religiosa universal tão antigo seja objeto de adoração e veneração na Índia. Mas o que dizer deste mesmo símbolo ser adorado pelos Muçulmanos? Mas é o que de fato acontece dentro da Kaaba, local de peregrinação considerado obrigatório, pelo menos uma vez na vida do crente islâmico.

Num dos cantos do santuário, uma pedra preta, chamada al-Hajaru-I-Aswad em arábico, medindo cerca de 20 cm de algura, por 16 de largura, está uma relíquia muçulmana, e que, conforme a tradição islâmica, data dos tempos de Adão e Eva, os primeiros seres criados por Deus. Estudos arqueológicos apontam que a pedra considerada sagrada pelos muçulmanos assinala Kaaba como um local de adoração durante os tempos pré-islâmicos, também chamado de período ‘pagão’. No canto leste, no exterior da Kaaba, a antiga pedra é objeto de veneração pelos muçulmanos. A Kaaba está localizada no centro de uma enorme Mesquita em Mecca. Esta pedra preta é adornada por uma capa de prata, no formato de uma Yoni, sendo que hoje, o então megalito único, originalmente na forma de um cilindro, resulta em sete ou oito fragmentos que estão cimentados dentro da cobertura de prata.

Um visitante suíço, Johann Burckhardt, no ano de 1814, descreve a Harjad Aswad da seguinte maneira: “...é irregular e oval, tendo cerca de sete polegadas de diâmetro, com uma superfície ondulada, composta por cerca de uma dúzia de pedras pequenas, de diferentes tamanhos e formatos, bem unidas por uma pequena quantidade de cimento, e perfeitamente alisado; aparentemente o megalito fora quebrado em tantas peças por um golpe violento, estão agora unidos novamente. É muito difícil determinar acuradamente a qualidade destas pedras, as quais foram usadas pelos toques e beijos de milhões de pessoas. A mim parece ser como uma lava vulcânica, contendo muitas pequenas partículas estranhas substâncias esbranquiçadas e amareladas. Sua cor é agora um profundo marrom avermelhado, aproximando-se do preto. É rodeada por todos os lados por uma borda composta de uma substância a qual eu aproximo do cimento ou piche, e pedras semelhantes, mas não totalmente o mesmo, de tom acastanhado. Esta borda serve de suporte das peças em separado; possuindo de duas a três polegadas de largura, e eleva-se um pouco acima da superfície da pedra. Tanto a borda como a pedra em si mesma estão circuladas por uma banda de prata, mais ampla em baixo do que em cima, e ampla dos dois lados, com uma ampla expansão inferior, como se uma parte da pedra estivesse escondida nela. A parte inferior da borda é ornada com pregos de prata”. (in Thomas Patrick Hughes, A Dictionary of Islam, p. 154. W. H. Allen & Co, 1885.) 

Aspectos geológicos
A natureza do pedra preta de Mecca é bastante debatida. Há sido descrita como uma variedade de basalto, uma peça natural de barro, e mais popularmente como uma pedra meteorito. Esta crença é atribuída a Paul Partsch, o curador da coleção imperial Austro-húngara, onde publicou em 1857 sobre a origem espacial da pedra. Há outras considerações a respeito da natureza geológica da pedra, como o fato de ela ser considerada um tipo de ágata, ou que uma peça de barro tenha sido atingida por um impacto de um meteoro, resultando no que está em Kaaba, etc.

Veneração
Atribui-se ao profeta Maomé a instalação da Hajar no muro de Kaaba. Durante o ritual de Hajj, peregrinação anual a Mecca feita pelos muçulmanos, a Kaaba é circuambulada sete vezes pelo peregrino, conforme o Tawag (tradição), no sentido anti-horário. Muitos dos peregrinos tentam beijar o símbolo onde originalmente estava a pedra deixada pelo profeta fundador do islamismo, simulando o beijo da tradição, onde Maomé beijou a pedra em sinal de veneração. Nos dias atuais, não é mais possível para todos poderem beijar a pedra, sendo que a circuambulação considerada suficiente para o peregrino render seus votos.

Sivalinga visto de cima
Apesar de a fé islâmica não permitir adoração a ídolos, este símbolo sagrado do islamismo é considerado ‘sem-forma’. A crença islâmica proíbe de modo estrito qualquer tipo de idolatria, por isso os muçulmanos creem que Hajar é simplesmente representativo e de natureza simbólica, não estando relacionado à crença na pedra em si mesma, como tendo ela algum poder especial, etc. Certa feita o Califa Umar-al-khattab (580-644), veio beijar a pedra, tendo dito diante de todos: Sem dúvida, eu sei que é uma pedra, e não pode nem prejudicar nem beneficiar ninguém; eu não vi o Mensageiro de Alá (Maomé) beijá-la; eu também não deveria beijá-la?”. O exemplo de Umar é seguido pelos muçulmamos, no sentido de que eles prestam respeito à pedra preta num espírito de fidelidade a Maomé, não acreditando em poderes de uma pedra. Por sua vez, isso não quer dizer que a pedra seja desrespeitada, mas eles creem que prejuízos e benefícios são advindos de Deus (Alá), e não de outra coisa mais. Comentando sobre o fato da existência de um culto pré-islâmico à pedra, Muhammad Labib al-Batanuni, escreveu em 1911, que , “... a prática de venerar pedras (incluindo a pedra preta), surge não devido ao fato de que as pedras são sagradas em sua própria constituição, mas porque se relacionam com alguma coisa sagrada e respeitada”. (Lazarus-Yafeh, Hava, 1981. Some religious aspects of Islam: a collection of articles. Leiden: Brill. pp. 120–124)

Conclusão
Conforme a filosofia Siva Siddhanta, talvez a mais antiga tradição da filosofia sivaista no mundo, o linga é substrato ideal no qual o adorador deve instalar e adorar Sadasiva das cinco faces e dez braços, a forma da divindade Siva, que está além do tempo e do espaço.

Nas enumeráveis manifestações religiosas hoje existentes no mundo se pode ver muito do que há em comum nelas. O critério é o senso crítico comum. Sem nenhuma dúvida, o Siva linga é um culto milenar e se perde nas noites dos tempos. Apesar de todas as tentativas de ocultar um ou outro aspecto do Sanatana Dharma, este estará presente em quase todas as totalidades de manifestação religiosas do mundo.

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- Imagens de Hajar Aswad - Pesquisa do Google
- Imagem aérea da Praça São Pedro, no Vaticano Imagem no site


Referências bibliográficas
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·  ^ Sivananda, Swami (1996). "Worship of Siva Linga". Lord Siva and His Worship. The Divine Life Trust Society.
·  ^ Wilson, HH. "Classification of Puranas". Vishnu Purana. John Murray, London, 2005. pp. xli-xlii.
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·  ^ Hélène Brunner, The sexual Aspect of the linga Cult according to the Saiddhāntika Scriptures, pp.87-103 in Gerhard Oberhammer's Studies in Hinduism II, Miscellanea to the Phenomenon of Tantras, Vienna, Verlag der oesterreichischen Akademie der Wissenschaften, 1998.
·  ^ Balagangadhara, S.N (2007). Antonio De Nicholas, Krishnan Ramaswamy, Aditi Banerjee. ed. Invading the Sacred. Rupa & Co. pp. 431–433. ISBN 978-81-291-1182-1.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cópias Religiosas

Krsnapriyananda Swami



O texto a seguir é um bom texto, apesar de não apresentar fontes das informações. Contudo, nos dias atuais, é bem fácil verificar cada um dos textos, personagens e lendas citadas, bastando procurar nos sites de busca. Com certeza, o Google é uma boa opção. Independente das exigências das regras de textos hoje em vigor, apesar de todo o rigorismo que pretendem demonstrar, sabemos que o imperativo categórico da era atual é Ctrl C + Ctrl V, portanto, quase tudo é uma hipocrisia do "faz de conta". Mas o que está aqui é parte de uma história que foi escondida, solapada da grande maioria. Como crer é mais fácil do que investigar a verdade, então compreendemos que o mundo atual é uma mera ficção, de acordo com a vontade de cada um. Se por acaso o leitor achar que o presente texto irá mudar as suas referências com relação as suas crenças, então simplesmente não o leia. Caso deseje criticar o que aqui está escrito, então, por favor, fundamente bem. A história é como um poço, quanto mais cavocamos mais encontramos velhas novidades. Boa leitura, bons sonhos.



"... a crença em um deus redentor, é muito anterior ao judaísmo, e está  sempre ligada à ânsia da necessidade de redenção das tremendas aflições do homem. Quanto a Jesus Cristo, resultou de uma série de mitos, que os hebreus copiaram dos babilônicos, dos egípcios e de outros povos, visando com isto dar consistência ao judaísmo.
Uma representação de Sivalinga.
Estudos filológicos forneceram as bases para o estabelecimento de um traço de união entre as crenças dos deuses orientais e do judaísmo. Tomemos por exemplo, as palavras Ahoura-Mazzda e Jeová, que significam, "o que é". Partindo de velhas lendas orientais, e baseando-se na origem comum da palavra, foi compilado o Livro do Gênese, numa tentativa de explicar a criação do mundo. Segundo o Zend-Avesta, o Ser Eterno criou o céu e a terra, o sol a lua, as estrelas, tudo em seis períodos, aparecendo o homem por último. O descanso foi posto no sétimo dia.


Na mitologia dos Vedas, Manu (o progenitor moral da humanidade (de humano, sânsc. huh= em conformidade = manu= Manu = "conforme manu"; conforme os Vedas) havia ensinado muito antes, que no começo tudo eram trevas, quando Brahma dispersou-as, criou e movimentou a água, em seguida produziu os deuses secundários, os anjos dirigidos por Mossura, os quais posteriormente rebelar-se-iam contra Deus (tornaram-se os asuras). Veio então Shiva, e arrojou-os ao inferno (fogo da transformação; Sivanataraj). Shiva tornou-se a terceira pessoa da Santíssima Trindade Brahmânica em consequência das sucessivas invasões bárbaras sofridas pela Índia. Os bárbaros crendo em Shiva, o deus da lascívia e do sensualismo, impuseram sua inclusão, com o que surgiu a trindade divina de Brahma.
Matsyavatara traz o dilúvio
Manu ensinara igualmente que Deus criara o homem e a mulher, fazendo-os apenas inferior a Deva, isto é, Deus. O primeiro homem recebera o nome de Adima ou Adam, e a primeira mulher, Heva, significando o complemento da vida. Foram postos no paraíso celeste e receberam ordem de procriar. Deveriam adorar a Deus, não podendo sair do paraíso. Mas, um dia, indo ver o que havia fora dali, desapareceram. Brahma perdoou-os mas, expulsou-os, condenando-os a trabalhar para viver. E disse que por haverem desobedecido, a Terra, tornar-se-ia má, porque o espírito do mal dela se apoderara. Entretanto, mandaria seu filho Vishnu, que se encarnando em uma virgem, redimiria a humanidade, libertando-a definitivamente do pecado da desobediência.


No Mazdeísmo, Ormuzd (o mesmo que Ahura) teria prometido ao primeiro casal humano que, se fossem bons, seriam felizes na Terra. Mas, Arimã mandou que um demônio em forma de serpente, aconselhasse a desobedecerem a deus. Comeram os frutos que Arimã lhes deu, acabou a felicidade humana, e todos os que nascessem daí em diante, seriam infelizes. Sendo levados cativos para a Babilônia, os judeus ali encontraram tal lenda. Libertos, voltando à Judéia, trouxeram essa crendice, como também a crença da imortalidade da alma e da vida futura, dos espíritos bons e espíritos maus, surgindo daí, os anjos Gabriel, Miguel e Rafael, os querubins e serafins. Nasceu daí, o mito do diabo, o anjo rebelado.
A palavra paraíso é o termo persa que significa jardim. Os persas, os hindus, os egípcios e os gregos criam no paraíso. Da mesma forma, todos eles criam no inferno. Entretanto, as crenças antigas desconheciam as penas eternas, que foram criadas pelo cristianismo, aliás, uma das poucas coisas originárias dessa crença. Também o purgatório, naturalmente, é outra novidade do cristianismo, sendo desconhecido do judaísmo). A ideia do purgatório vem de Platão, que havia dividido as almas em puras, curáveis e incuráveis.
Fragmento contendo antiga
representação de Shiva em Mohenjo Daro
Os filhos de Adima e Heva haviam-se tornado numerosos e maus. Por isso, Deus mandou o dilúvio para matá-los. Mas, deu ordem a Vadasuata (Manu) para construir um barco e nele entrar com a família, devido ao fato de ser um homem virtuoso. Deveria levar consigo, além da família, um casal de cada espécie de animal existente: Esta é a história do dilúvio relatada nos Vedas, e que foi incluída na Bíblia dos cristãos. As origens do cristianismo repousam, incontestavelmente, nas lendas e crenças dos deuses mitológicos, não apenas dos judeus, mas também de outros povos.
Os caldeus e os fenícios, como os judeus haviam-se especializado no comércio, e por dever de ofício, alfabetizaram-se. Assim, sabendo ler e escrever, puderam copiar as lendas e o folclore dos povos com os quais comerciavam e conviviam, os quais puderam adquirir longevidade e fixar-se melhor na memória humana.
Sendo comerciantes por excelência, os judeus perceberam que a religião poderia tornar-se uma boa mercadoria, através da qual adviria o domínio de muitos povos e vontades. Desta forma, tendo compilado o que julgaram mais interessante ou mais proveitoso em relação aos seus propósitos, passaram a difundir pelo mundo as suas ideias religiosas. Com isto, o conhecimento e a razão, foram substituídos pelas crendices e superstições religiosas.
Desde há muito, a religião tem servido para moderar os impulsos humanos, sobretudo, daqueles que pertencem a uma classe social menos favorecida. Salientamos o prejuízo que o mundo tem sofrido, com o rebaixamento mental, imposto com as crenças e superstições religiosas, com o que o conhecimento sofre uma estagnação sensível. No entanto, o homem tem-se deixado levar pelas crenças e práticas religiosas, sem que nenhum benefício lhe advenha em retribuição. O homem tem feito tudo por si mesmo, apesar de sua religiosidade. A única classe beneficiada realmente com a religião, é a dos sacerdotes.
A Bíblia cita dez patriarcas que teriam morrido em idade avançada, antes do dilúvio. Contudo, essa lenda provém da tradição caldáica, segundo a qual, dez reis governaram durante 432 anos. Da mesma forma, as lendas hindus, egípcias, árabes, chinesas ou germânicas fazem referência a homens que teriam tido uma longa vida, como a do Matusalém da Bíblia.
Abraham e Isaac
Igualmente a lenda de Abraão, que deveria sacrificar o seu filho Isaac, procede de lendas anteriores ao judaísmo. O livro das profecias hindus relata uma história igual. Ramatsariar conta que Adgitata, protegido de Brahma, por ser um homem de bem, teve um filho que nasceu tão milagrosamente como Jesus. Entretanto, Brahma para experimentá-lo, ordena-lhe que sacrificasse o filho. Ele obedece, mas Brahma impede-o no momento exato, seu filho seria o pai de uma virgem, a qual por sua vez, seria a mãe de deus-homem.
José e a mulher de Putifar foi a cópia de uma velha lenda egípcia, conforme documentos recentemente traduzidos. Era uma história intitulada "Os dois irmãos". Emílio Bossi relatando o achado, dá a palavra a Jacolliot: "Um homem da Índia, fez leis políticas e religiosas; chamava-se Manu. Esse mesmo Manu, foi o legislador egípcio, Manas. Um cretense vai ao Egito estudar as instituições que pretende dar ao seu pais, e a história confirma-nos isto dizendo que esse cretense foi Minos. Enfim, o libertador dos escravos judeus chamava-se Moisés, que teria recebido as leis das mãos do próprio Jeová. Temos então, Manu, Manes, Minos e Moisés, os quatro nomes que predominaram no mundo antigo. Aparecem nos albores de quatro diversos povos para representar o mesmo papel, rodeados da mesma auréola misteriosa, os quatro são legisladores, grandes sacerdotes e fundadores das sociedades teocráticas e sacerdotais. Esses quatro nomes têm a mesma raiz sânscrita. O hinduismo deu origem ao judaísmo. Por isso, de Jeseu Krishna fizeram Jesus Cristo".
Adoração aos bezerros
Documentos recentemente estudados mostram terem sido os hindus os prováveis colonizadores do Egito. A documentação demonstra que o conhecimento nasceu do saber hindu. A assiriologia mostra que a lenda de Moisés foi copiada da de Sargão I, rei acádio, que igualmente teria sido salvo em um cesto deixado no rio, a deriva.
A lenda de Sansão é outro exemplo. Sansão representa o sol. O poder que lhe foi atribuído é o mesmo dos deuses solares. E assim, examinando os escritos de antigas civilizações, chegamos ao conhecimento das origens de tudo o que a Bíblia narra como fatos reais. Concluímos então que Jesus Cristo nada mais representa, que uma cópia das lendas e mitos dos deuses, adorados por povos os mais remotos e variados.


Quem conhece a Naubandhana?

Naubandhana
Para engrandecer os poderes de Deus, a “Lenda de Utnapishtim” e a “Naubandhana”, teriam sido transformadas no Dilúvio bíblico.

Naubandhana (um termo sânscrito que significa “a Nau encalhada”), se refere Arca hindu que num dos Grandes Dilúvios que assolaram o mundo dos homens, encalhou no Himalaia. O local ficou conhecido como "Monte Aaraty", devido ao primeiro sacrifício realizado por Manu antes de descer da nau. 

A tradição hindu tem textos religiosos falados que incluem relatos com cerca de 8000 anos. E o vedismo indiano, que significa “conhecimento”, e que tem mais de 5000 anos, e é chamado de bramanismo ou hinduísmo, ensina que Devas (que em sânscrito significam Sol luminoso, e origina a palavra 'deus'), criou da lama o primeiro homem, que recebeu o nome de Adiaham, e a primeira mulher, Heva, que significa “O complemento da vida”.

Mas como algumas gerações depois os filhos de Adam e Heva se tornaram numerosos, depravados e maus, Devas mandou o Naubandhana (Dilúvio) para matá-los. 
Todavia, como Vadasuata era um homem virtuoso, antes do “Naubandhana”, Devas avisou Vadasuata (Manu) para que construisse uma imensa Arca, e nela embarcassem com a sua família, e um casal de cada espécie de animal existente.
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SAIBA MAIS
Fonte do texto: Morte Súbita
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